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Adolescência Infantil: mudanças comportamentais aos 6 anos

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Os dentes de leite começam a cair, os dedos de uma mão já não são mais suficientes para mostrar a idade, querem escolher as próprias roupas e acham que, por isso, já podem fazer o que bem entendem. Assim são as crianças de 6 anos.

A mudança de comportamento aos 6 anos é muito comum e, por isso, podem surgir alguns conflitos. A “rebeldia” pode parecer um comportamento incompatível com a idade dos pequenos, mas isso é normal e faz parte da evolução da criança.

Por que as crianças nessa idade mudam tanto de comportamento? O que os pais devem fazer para conduzir bem essa transição? Como não perder o controle e desenvolver a inteligência emocional? Vamos explicar esses pontos e dar algumas dicas para passar pela “adolescência infantil” da melhor forma possível. Acompanhe!

Comportamentos aos 6 anos

Em um momento a criança está quieta, amuada… de repente ela fica agitada, meio irritada e, às vezes, até um pouco agressiva. Aos 6 anos, ocorrem mudanças fundamentais no organismo da criança, tanto psicológicas quanto físicas, como mostra a Unicef.

menina pinta com lápis colorido

Mudanças físicas

Os dentes de leite começam a cair, os dentes permanentes surgem e mudam a aparência. O corpo passa por alterações sutis que reduzem a imunidade da criança, tornando comuns as dores de ouvido, a secreção no nariz, os incômodos na garganta e os resfriados.

O sistema nervoso passa por uma evolução profunda, envolvendo a criança em um misto de sensações, impulsos e sentimentos. Até uma simples pergunta como: “você quer um bombom ou uma bala?” podem deixá-la confusa, como se isso fosse um grande dilema.

Tudo isso são indícios de que seu anjinho está crescendo! Conflitos são sinais de maturidade em evolução. É assim que se inicia o complexo mundo das tomadas de decisões que conduzirão a linda trajetória que eles têm pela frente.

Mudanças psicológicas

As escolhas colocam as crianças em constantes contradições, inclusive em seus sentimentos e comportamentos. Um pranto é seguido de uma gargalhada que dá lugar às lágrimas novamente. Diz para o papai que o ama, para, em seguida, recusar seus carinhos.

Para ilustrar melhor o motivo dessa montanha-russa de sensações, podemos fazer uma analogia: um bebê que não consegue dominar o uso dos talheres é como uma criança de 6 anos que ainda não consegue dominar as relações sociais. Em um momento tudo dá certo, no momento seguinte se instaura o caos.

O traço mais marcante dessa fase é a incapacidade de conduzir, em harmonia, os impulsos da mente e do corpo. A criança tem consciência, mas não consegue controlá-la. Com o tempo, essa dificuldade vai diminuindo e dando espaço para conceitos mais complexos.

Brincadeiras e atitudes aos 6 anos

Com tanta coisa acontecendo interiormente, é natural que as crianças busquem maneiras de extravasar tudo o que estão sentindo e passando. É só observar as brincadeiras, atividades de rotina e habilidades motoras.

As brincadeiras são cheias de energia, movimentadas, muito barulhentas e, às vezes, até violentas. Algumas vão além de suas capacidades de organização motora e, como dizem os pais, os pequenos vão “perdendo a noção do perigo”.

É muito comum se envolverem em atividades de montar e desmontar. As crianças demonstram interesse em vestir e despir brinquedos, e montar e desmontar coisas.

E o banho? Ah, essa é a causa de muitas discórdias nessa fase. Argumentos e desculpas são intermináveis, e podem vir acompanhados de forte drama! Nessa hora, é importante os pais se manterem firmes, mas sem perder a amabilidade e o respeito, inclusive, dá para melhorar as brincadeiras na praia!

Desenvolvimento da linguagem e aprendizagem aos 6 anos

Nessa idade, a linguagem já está bem desenvolvida. A capacidade de aprender palavras mais complexas aumenta bastante, ampliando a compreensão das informações verbais.

Na escola, é hora de encarar uma nova e importantíssima fase, o Ensino Fundamental. Por isso, a adaptação escolar é essencial.

O processo de alfabetização já está em andamento, e a jornada da leitura e da escrita está começando. Eles trazem junto a capacidade de elaborar narrativas com estruturas frasais mais complexas, melhor pronúncia das palavras e melhora da memória auditiva, entre outros fatores.

dois meninos brincam ao ar livre

Emoções e relações sociais aos 6 anos

A entrada no Ensino Fundamental abre novos caminhos para o aprofundamento de relações sociais e familiares, criando novos laços de amizade e desenvolvendo novas áreas de interesse.

Com 6 anos, as atividades familiares já são parte da vida da criança e ela deve ser integrada cada vez mais, assumindo responsabilidades e desempenhando pequenas tarefas. Por exemplo, colocar os talheres na mesa, guardar roupas, cuidar dos animais domésticos e das plantas da casa etc.

As amizades aumentam e as ideias mirabolantes vêm junto. Pedidos para passar a tarde na casa dos amigos ou ir nas festinhas sozinhos são comuns. São maneiras de desenvolver a própria personalidade, enfrentando situações de timidez, vulnerabilidade, vaidade e liderança, por exemplo.

Além disso, eles gostam de mostrar que têm vontades e opiniões próprias, que conseguem fazer escolhas — devendo ser incluídas nas decisões que lhe dizem respeito — e que são capazes de feitos dignos da apreciação e reconhecimento dos adultos. Por exemplo, escolhendo o look para um piquenique.

Desenvolvimento motor aos 6 anos

As cenas engraçadas da infância começam a dar lugar para a destreza e sagacidade de movimentos.

Já conseguem chutar ou pegar uma bola em movimento, se equilibram em um pé só por até 10 segundos, manipulam papel e tesoura com segurança, participam de jogos com regras e aprendem a atar nós. É um bom momento para estimular a prática de atividades físicas. Conheça os esportes para crianças que incentivam o desenvolvimento.

Essas são apenas algumas habilidades que as crianças adquirem nessa fase.

Assim como o desenvolvimento humano é feito de ciclos, para fechar o nosso post, voltamos ao início e a essência desse conteúdo.

O mais importante para a criança desenvolver todas as suas capacidades e habilidades com o máximo potencial é ter pais presentes e atentos, sempre a postos para direcionar os estímulos.

Veja como determinar limites, e acolher com todo o amor do mundo os pequenos cheios de energia e dilemas para encarar o mundo!

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Carla Bucci

Autor: Carla Bucci

Graduada em Jornalismo pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), reside na cidade de Blumenau. É apaixonada por moda e pelo desenvolvimento de textos criativos. Para achar as melhores pautas do universo infantil, está sempre ligada nas redes sociais.

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