Puerpério é a fase pós-parto que consiste na volta do organismo da mulher às suas condições normais pré-gestação.
Todas as mamães que deram à luz passaram ou estão passando por ele nesse exato momento. Pode ser uma fase difícil para a mulher, mas, com apoio e tempo, as coisas se normalizam.
Neste post, falaremos um pouco mais sobre o puerpério, explicando melhor o que é, quanto tempo dura, quais os sintomas e o que devemos evitar nessa fase. Acompanhe!
Conteúdo
O que é puerpério?
A condição, também conhecida como resguardo ou quarentena, pode ser definida como o período no qual o organismo da mamãe começa a voltar ao que era antes da gestação.
Isso significa que a mulher enfrenta novas mudanças no seu organismo – tanto físicas quanto psicológicas.
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Qual é o tempo de duração do puerpério?
Estimar um tempo é sempre uma tarefa muito complicada, uma vez que cada organismo é único. Entretanto, por ser uma condição natural, é possível estabelecer um prazo de duração do puerpério.
De acordo com o artigo publicado no site Medscape, a duração da condição é de seis semanas. Depois do quadragésimo dia, a grande maioria das alterações causadas pela gestação, trabalho de parto e parto são normalizadas, possibilitando que o corpo da mulher volte a ser como era antes da gestação.
Por ser um período longo, o puerpério pode ser dividido em três fases:
- Imediato (1º ao 10º dia);
- Tardio (11º ao 42º dia);
- Remoto (após o 43º dia).
Quais os sintomas do puerpério?
Como mencionamos, durante o puerpério, o organismo da mulher está sujeito a passar por mudanças.
Segundo um estudo publicado na StatPeals, a maior biblioteca de educação médica do mundo, além do estresse no resguardo – tópico já abordado aqui no nosso blog – as mamães podem apresentar sintomas como:
Mudanças nas mamas
No caso das puérperas lactantes (aquelas que produzem leite e amamentam), a secreção chamada de colostro, o alimento ideal para o recém-nascido, aumenta. Assim como a produção do leite, a qual a mulher concede cerca de 500 a 800 ml de leite por dia.
Por estar produzindo e armazenando leite, consequentemente, as mamas podem ficar mais duras. Dessa forma, é comum que a mãe apresente dores no mamilo e até mesmo quadros de mastite, uma inflamação aguda dos tecidos da mama.
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Problemas urinários
Como os órgãos estão voltando ao estado natural, a parede da bexiga pode ficar dilatada, ocasionando a falta de vontade de fazer xixi. A retenção urinária pode ser causada devido à frouxidão da musculatura abdominal, que afeta diretamente o sistema urinário feminino
Também é comum notar casos de incontinência urinária, pois a musculatura da região não está normalizada.
Contudo, como mencionamos, tudo isso é temporário. Nesse caso, o sistema urinário volta a funcionar normalmente dentro de quatro a oito semanas.
Complicações gastrointestinais
Nem depois do parto a mamãe fica livre de gases e constipação intestinal, uma vez que há a diminuição do tempo de trânsito gastrointestinal (o processo de entrada e saída da comida).
Isso acontece devido aos altos níveis de progesterona no organismo – hormônio responsável pela manutenção da gestação e também pelo ciclo menstrual da mulher.
Além de afetar o intestino, a progesterona também é responsável por afetar os níveis de gastrina, hormônio que causa o aumento de refluxo ácido.
Porém, para tranquilizar as mamães, 24 horas após o parto, os níveis da progesterona e gastrina diminuem consideravelmente. Assim, os sintomas relacionados somem entre três e quatro dias.
Dores abdominais
Como os órgãos reprodutivos estão diretamente relacionados à gestação, durante o puerpério, eles precisam voltar ao seu estado normal, certo? Na medicina, isso é chamado de involução.
Logo após o parto, para diminuir a perda de sangue, o útero se contrai rapidamente. Porém, como nada é simples para uma puérpera, a contração pode causar dores abdominais e cólicas durante o pós-parto.
É importante mencionar que o inchaço da região abdominal é completamente natural e a musculatura da região tende a voltar com o tempo.
Porém, se isso está te incomodando, você pode conferir o nosso guia sobre como recuperar a autoestima durante e após gravidez.
Corrimentos vaginais
É improvável achar que, depois de um parto, uma mulher não teria corrimentos, não é mesmo? Depois de dar à luz, praticamente todos os tecidos precisam voltar ao que eram – e isso não é diferente com a vagina.
Durante o período de puerpério, é normal que haja secreções, como o lóquio, uma mistura de sangue, muco e tecidos uterinos. A eliminação dessa combinação pode ocorrer em até 5 semanas depois do parto, diminuindo a cada dia.
Vale mencionar que o lóquio é essencial para a saúde da mulher. Isso porque a ausência da secreção pode ser um sintoma de infecção do organismo.
Caso queira saber sobre outro tipo de secreção, nós temos um post específico sobre o tampão mucoso!
Retorno da menstruação
Já que estamos falando de “perda de sangue”, nada mais justo do que falarmos da volta do período menstrual, não acha?
Esse ponto é bastante interessante, pois o retorno da menstruação está relacionado à amamentação.
Isso porque os hormônios ligados ao aleitamento, como a prolactina, continuam atuando no corpo da mãe, causando o bloqueio da ovulação. Consequentemente, impossibilitando a menstruação.
A condição tende a voltar quando o tempo entre as mamadas fica maior, reduzindo a ação hormonal e possibilitando que ela menstrue novamente.
Estima-se que as mulheres que não amamentam, tendem a ter o ciclo menstrual entre 1 a 3 meses após o parto. Já as mamães que amamentam podem ficar sem menstruar por até 6 meses, como mencionado pelo Healthdirect, o serviço nacional virtual de informações de saúde pública Australiano.
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Por que o período de puerpério é tão difícil?
É inegável que esse momento pode ser bastante difícil para uma mãe. Isso porque, além de passar novamente por alterações físicas e psicológicas, ela tem literalmente outro pequeno detalhe para se preocupar: o bebê.
Apesar de ser um momento mágico, nós, da Brandili, prezamos pela honestidade em todos os momentos. Então, podemos dizer que não é fácil, mas melhora com o tempo, viu?!
Se você está lendo esse texto logo depois do parto, pode ficar tranquila, é um constante progresso.
Uma outra dica que podemos te oferecer é abusar – com muito carinho – de todo o conhecimento do seu médico.
É sempre importante ressaltar que o profissional não está lá apenas para os momentos difíceis – ele também é muito eficiente para tirar dúvidas e acompanhar a mulher durante toda a fase de recuperação.
O que evitar durante o puerpério?
É claro que não poderíamos ir embora sem uma sessão de dicas, certo? Portanto, puérpera, pegue o caderninho de anotações, pois aqui vai uma lista do que você não deve fazer durante o período.
De acordo com a Revista Crescer, a “recém-mamãe” deve evitar:
- Sexo: como a puérpera está passando por uma recuperação de todo o sistema reprodutor, recomenda-se que ela evite relações sexuais por, pelo menos, trinta dias;
- Dirigir: pode atrapalhar a cicatrização do períneo – área entre a vagina e o ânus. Caso a mulher não sinta incômodos, duas semanas é tempo o suficiente para ela voltar ao volante;
- Exercícios físicos: se for intenso, como uma aula de crossfit, é melhor não realizar. Porém, caminhadas leves podem ser viáveis – só fique atenta a possíveis sangramentos;
- Fazer força: evite qualquer tipo de carga sobre seu organismo durante os primeiros meses – especialmente se você passou por uma cesárea.
E aí mamãe, gostou de saber mais sobre o tema? Aqui no Blog da Brandili você pode encontrar diversas informações sobre gravidez e maternidade. Não perca a chance de aprimorar ainda mais os seus conhecimentos maternos!
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