Início » Maternidade » Moleira do bebê: qual é a função e quais são os perigos?

Moleira do bebê: qual é a função e quais são os perigos?

5 minutos de leitura

É interessante como há coisas que nós aprendemos somente através do conhecimento comum, não é mesmo?

Por exemplo: em algum momento da nossa vida, aprendemos que os bebês são seres extremamente frágeis e que a cabeça deles é ainda mais delicada, pois lá está a famosa moleira.

A partir dessas noções gerais, tornou-se consenso que lidar com recém-nascidos é algo que deve ser feito com muito cuidado e gentileza – esse cuidado só não precisa ser uma preocupação, um excesso.

Se você é uma mamãe de primeira viagem e quer entender mais sobre as questões médicas que motivam essa questão, entenda tudo sobre a moleira do bebê neste post!

O que é a moleira?

De acordo com uma matéria publicada pelo Journal da Universidade de São Paulo, a moleira é o termo utilizado para definir os espaços que separam o crânio dos bebês. Entretanto, na medicina, essa região é chamada de fontanela.

Além disso, a moleira não é singular: existem duas fontanelas simples. Ambas estão posicionadas na região central do crânio, sendo diferenciadas como anterior e posterior. A menor está localizada na parte de trás da cabeça do pequeno, já a maior é a mais famosa, pois fica no alto da cabeça.

Segundo o conteúdo didático “Medidas do crânio”, elaborado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o tamanho da moleira pode variar entre 1 e 3 cm.

Veja também – Charreata: o que é, como funciona e como organizar

Qual é a função da moleira?

É curioso pensar que o bebê se desenvolve por nove meses dentro do útero da mãe para nascer com o “crânio aberto”, né? Entretanto, essa pequena “falha” é fundamental.

Em uma matéria da Revista Crescer, o pediatra Jaime Murahovschi confirma que as moleiras são extremamente importantes, pois oferecem duas vantagens tanto ao recém-nascido quanto à mamãe.

A primeira está relacionada à caixa craniana do bebê, que se contrai para passar pelo canal vaginal, facilitando o parto. Isso é possível pois o crânio do recém-nascido é composto por um conjunto de ossos unidos por tecidos resistentes e elásticos.

A outra função primordial da moleira é proteger o cérebro. Ela permanece na cabeça dos pequenos até que os ossos cranianos consigam se unir, processo que acontece entre o 11º e 15º mês de vida.

Qual o perigo da moleira do bebê?

Apesar de termos sido ensinados a nunca tocar na moleira do bebê, a região não é tão frágil quanto parece.

É isso que relata a pediatra Elisabeth Fernandes em uma matéria publicada pela Revista Pais & Filhos. A médica menciona que o cérebro da criança é muito bem protegido pela moleira.

Dessa forma, você pode passar a mão pela região, lavar a cabeça do bebê e até fazer carinhos delicados sem grandes preocupações, pois essa região é sim sensível, mas não precisamos nos preocupar em excesso.

O único cuidado que devemos ter é não apertar a moleira! A recomendação vale mesmo após a formação da caixa craniana do bebê.

bebê enrolada em mantinha rosa sorri

Veja também – Chá rifa de bebê: o que é, como divulgar e quando fazer

A moleira pode fechar de maneira precoce?

Sim, ela pode fechar antes do previsto. Caso aconteça, isso precisa ser analisado com cuidado por um pediatra, visto que pode atrapalhar o desenvolvimento cerebral do bebê.

Além disso, pode causar deformidades na cabeça da criança, chamadas de cranioestenose ou craniossinostose.

De acordo com a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a condição geralmente ocorre em meninos, afetando uma criança em duas mil nascidas. As principais causas costumam estar associadas a:

  • Fatores congênitos;
  • Hereditariedade;
  • Distúrbios intrauterinos;
  • Doenças infecciosas;
  • Medicamentos.

É fundamental realizar consultas pós-parto, pois o exame físico efetuado pelo especialista é uma das maneiras de diagnosticar a condição. Também é possível confirmá-la com exames radiológicos e avaliações por neuroimagem.

Para garantir o desenvolvimento completo do cérebro, será necessário realizar uma cirurgia até o 8º mês de vida. No procedimento, o médico criará espaços para que o órgão responsável pelo sistema nervoso se desenvolva normalmente.

Veja também – O método Ramzi descobre o sexo do bebê no primeiro exame?

O que significa uma moleira inchada?

Como a moleira está no topo da cabeça da criança, é fácil saber quando ela está irregular. Uma das alterações é nomeada “moleira alta” ou “moleira inchada”.

Normalmente, a moleira fica no mesmo nível que o resto da cabeça do bebê, mas quando ela está saltada pode ser um indicativo de alterações na pressão cerebral.

Conforme o artigo publicado na MedlinePlus, a maior biblioteca médica do mundo, a moleira inchada pode indicar quadros de:

  • Encefalite: inflamação cerebral causada por um agente infeccioso, podendo ser bactérias, parasitas, fungos e principalmente vírus;
  • Hidrocefalia: acúmulo de líquido dentro do cérebro, geralmente causado por traumas na região;
  • Meningite: inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro, frequentemente causada por bactérias ou vírus;
  • Aumento da pressão intracraniana (dentro do crânio do bebê).

Independentemente da causa, se aparecerem sinais, a criança deve ser levada ao médico o mais rápido possível. Dessa forma, o especialista conseguirá diagnosticá-la para que a condição não afete seu desenvolvimento cerebral.

Conseguiu tirar as suas dúvidas sobre a moleira dos bebês neste post? Caso tenha mais alguma, deixe nos comentários abaixo que nós responderemos!

Se você gostou da temática, continue navegando pela seção de maternidade do nosso blog! Temos diversos outros posts que podem acrescentar conhecimentos à sua jornada, confira:

O que é mãe do corpo? Entenda os sintomas e saiba mais

O som do útero funciona mesmo para acalmar o bebê?

Poltrona de amamentação: porque comprar e 7 tipos

4.5/5 - (Total de avaliações: 2)
Compartilhe:
Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

Deixe um comentário