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Skincare infantil: produtos adequados e como fazer

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Você sabia que, se iniciados na infância, os cuidados com a pele ajudam a evitar irritações, alergias e até doenças crônicas, como a dermatite?

Não é segredo que limpar, tonificar, hidratar e proteger a derme diariamente é fundamental para mantê-la saudável. Isso também vale para as crianças!

Na verdade, como a pele delas é mais fina que a dos adultos, esses processos são ainda mais importantes, conforme a fala do professor da pós-graduação da PUC-Rio, David Azulay, em uma entrevista para a Revista Crescer.

Contudo, o skincare infantil exige algumas precauções diferentes para não afetar a sensibilidade da pele dos pequenos. Quer saber quais são os passos que a rotina de cuidados do seu(sua) filho(a) deve ter?

Acompanhe o post!

O skincare pode ser feito nas crianças?

De acordo com o artigo “Prevenção e cuidados com a pele de crianças e recém-nascidos” publicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a pele dos bebês é muito fina e, com o tempo, passa por várias adaptações.

No entanto, enquanto elas ainda não ocorrem, a pele pode sofrer com ressecamento, absorção de impurezas do ambiente e proliferação de bactérias.

Para reduzir o risco, uma dica útil é procurar por produtos com pH próximo ao da pele (entre 4,5 e 5.5) e formulações com óxido de zinco ou dióxido de titânio.

Elas diminuem consideravelmente quadros de reações alérgicas, como mencionado pelo estudo “Cosmético Infantil” publicado no II Simpósio de Assistência Farmacêutica do Centro Universitário São Camilo.

Logo, é sim permitido (e recomendado) fazer skincare em crianças e bebês, basta seguir os critérios mencionados e a recomendação de um pediatra elaborada exclusivamente para a criança.

Qual é a melhor maneira de limpar a pele do bebê?

O processo de limpeza em si não é muito diferente do que você provavelmente imagina. O que muda são os produtos, que devem ser atóxicos, hipoalérgicos, neutros e sem perfumes artificiais.

Assim, você estará assegurando que o bebê não tenha contato com fórmulas que têm substâncias tóxicas ou que podem causar reações alérgicas. A limpeza de pele pode ocorrer de duas maneiras:

A primeira é no banho, utilizando água morna e um sabonete próprio para bebê.

A enfermeira neonatologista, Ana Paula Campos, também em uma entrevista para a Revista Crescer, dá uma dica valiosa: utilizar sabonete em apenas um dos banhos ou reduzir o seu uso nas lavagens seguintes para que a proteção natural da criança não seja constantemente removida.

Já a segunda maneira de limpar a pele é utilizar apenas algodão e água morna. Essa combinação não prejudica a barreira cutânea do pequeno, mantendo-a protegida e saudável.

Nós temos um conteúdo que aborda os 8 melhores produtos de higiene para bebês, confira e garanta todos para o seu pequeno!

A pele do bebê precisa de hidratação?

Sim! Os pequenos podem apresentar casos de ressecamentos, então a hidratação é essencial.

Para isso, os dermocosméticos são as melhores opções – afirmação feita pela Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde. Esses produtos contém ativos e substâncias próprias para cuidar da pele e não somente disfarçar imperfeições como os cosméticos fazem.

Além disso, o estudo menciona que os cremes hidratantes podem ser usados para amenizar casos de dermatite atópica – doença hereditária não contagiosa que gera lesões e coceiras na pele.

Adicionando à temática, o Jornal de Obstetrícia, Ginecologia e Enfermagem Neonatal relata que a pele dos bebês é mais seca do que a dos adultos, pois nós ganhamos hidratação com o amadurecimento das glândulas produtoras de suor – processo que leva tempo.

Por isso, produtos com óleos também são muito indicados para tratar a pele seca dos pequenos, já que substituem os lipídios naturais que os bebês não produzem e previnem o surgimento de fissuras e ressecamentos.

Vale ressaltar: todos os produtos mencionados devem ser adaptados para crianças! O uso de hidratantes e óleos feitos para adultos é contraindicado.

Como proteger a pele dos bebês?

Os protetores solares são um dos itens mais famosos e importantes dos cuidados com a pele, mas será que eles podem ser usados no skincare infantil?

Nos pequenos que ainda não completaram meio ano de vida, a proteção não é recomendada. Como explica o pediatra Jorge Huberman em uma entrevista concedida à Revista CLAUDIA, 95% dos protetores solares infantis são feitos para crianças com mais de 6 meses de idade.

Para bebês acima dessa faixa etária, a proteção pode ser uma opção. Porém, é preciso realizar testes antes de aplicar o produto em grandes quantidades, a fim de evitar reações alérgicas. O processo é o seguinte:

  1. Separe um pouco do protetor solar;
  2. Passe a substância logo abaixo do peito da criança;
  3. Aguarde entre uma e duas horas – as reações podem demorar a se manifestar;
  4. Se não apresentar nenhuma resposta autoimune, a aplicação em maiores quantidades pode ser recomendada.

Entretanto, sabemos que todo cuidado é pouco. Leve o seu pequeno a um pediatra de confiança e confirme se o uso do protetor solar pode ser feito.

Quer entender melhor sobre a importância dessa etapa no skincare infantil? Acesse o nosso post “causas e sintomas da insolação infantil“.

O skincare infantil deve continuar com o passar dos anos?

Certamente! Os métodos de prevenção e tratamento com a nossa pele devem continuar por toda a vida, sempre seguindo as precauções e recomendações para cada idade.

O que muda é que as crianças vão desenvolver mais proteções com o tempo, então os processos podem seguir uma rotina mais comum de cuidados. Só que, mesmo que os tecidos sejam naturalmente mais protegidos, ainda são sensíveis.

Contudo, de forma geral, você pode estimular hábitos de higienização e a proteção da pele sem problemas.

Os adolescentes também devem ter uma rotina de cuidados com a pele?

Sem dúvidas! O skincare é essencial na adolescência porque esse período é caracterizado por alterações hormonais constantes que podem ser responsáveis por piorar a saúde da pele (acne, por exemplo).

Com os devidos cuidados iniciados na infância e continuados até os anos da juventude, os problemas dermatológicos podem ser mais facilmente tratados – e até evitados, em alguns casos.

Porém, não é possível afirmar que a rotina de cuidados com a pele vai prevenir todas as espinhas e cravinhos na adolescência dos seus filhos. Isso depende de diversos outros fatores, tais como: genética, alimentação e estresse.

É sempre muito importante buscar novos conteúdos sobre a saúde dos pequenos, não é mesmo? É por isso que nós, da Brandili, sempre trazemos esses temas aqui no blog! Olhe só outros posts relacionados que podem te interessar:

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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