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Controle parental na internet: vamos refletir!

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Um dos maiores problemas para todos os papais e mamães da atualidade tem sido o uso de celulares, tablets e notebooks pelas crianças. Isso porque, principalmente após os tempos pandêmicos, o tempo que os pequenos permanecem nas telinhas aumentou demais em muitas casas. Com isso, surgem dúvidas de como lidar com a situação, se devemos monitorar ou até controlar os aparelhos eletrônicos dos filhos.

O controle parental, nada mais é que uma forma de tornar a navegação de crianças ou pré-adolescentes na internet muito mais segura. Afinal, devemos lembrar que o meio online oferece um mundo de possibilidades e, normalmente, muitas delas não são indicadas para os menores. Entre os perigos mais comuns ao navegar, destaca-se a pornografia, a violência, os golpes, a captura de dados pessoais e entre outros.

Por isso, a utilização de ferramentas que controlam o uso da criança nos navegadores é essencial, podendo ser feita por meio do celular ou, até mesmo, pelo respectivo serviço que as crianças utilizam. No conteúdo de hoje, vamos apresentar as principais dicas e um passo a passo completo para você que deseja limitar a exposição do seu filho na internet. Confira!

Como usar o controle parental: o que pode e o que não pode?

Antes de qualquer coisa, já adianto que: o controle não deve ser feito por meio de aplicativos de rastreio! Ler as mensagens de texto dos filhos não faz parte de uma educação positiva – na verdade, essa atitude pode ser considerada uma violação de privacidade.

Isso quebra a confiança mútua que deve existir entre vocês, então, ao invés de optar por monitorar o Whatsapp da criança, foque em reforçar os perigos da internet e mantenha uma linha de comunicação aberta com o seu filho. Esse comportamento é fundamental para que ele tenha confiança e saiba que pode contar com você para tudo.

menina com uma blusa rosa e jardineira jeans olhando para o celular com cara feliz

Agora, fique com as principais dicas de como usar diferentes tipos de controles parentais de maneira fácil e gratuita:

Smartphones: IOS e Android

Os celulares são uma das ferramentas que os pequenos mais utilizam para se entreter. Você sabia que cada smartphone apresenta configurações próprias para o controle parental? Pois bem, com eles, você consegue restringir alguns aplicativos, filmes, fotos, jogos e outros programas.

Na seção “Tempo de Uso” no seu IOS, você tem a possibilidade de criar códigos de acesso para aplicativos específicos que a criança não pode acessar. Além disso, é possível criar horários de repouso, criar limites de comunicação, entre outras funções.

No caso do Android, alguns smartphones podem vir de fábrica com a opção indicada para o uso de crianças. Assim, você pode controlar acesso a aplicativos que podem ser nocivos, restringir acesso a filmes maliciosos e impedir que a criança acesse fotos e vídeos do celular e acabe apagando sem querer.

Bloqueio nos mecanismos de busca

O Google oferece uma plataforma chamada de Safe Search, que bloqueia resultados maliciosos com conteúdo adulto ou de violência. Ele também bloqueia palavras e termos que são relacionados a temas que remetem a conteúdos eróticos ou palavrões.

Outra plataforma que o Google também oferece é a Seja Incrível Na Internet. Nela, os pequenos aprendem a estimular a criatividade com jogos interativos e divertidos sobre conceitos de segurança e navegação. Eles ensinam a se proteger contra golpes, sites maliciosos, a entregar dados pessoais e a denunciar desvios.

Aplicativos para controle parental

Alguns aplicativos podem oferecer serviços extras muito legais para o controle parental. Alguns deles contam com controle de chamadas, bloqueiam o download de novos aplicativos e limitam o envio de mensagens.

  • Screen Time: Disponível tanto para Android como para IOS, o Screen Time oferece um controle de quais aplicativos estão sendo acessados pela criança, quais foram os sites acessados e termos pesquisados na aba de busca do Google;
  • Google Family Link: Com esse app, você consegue ocultar aplicativos, rastrear a localização do celular, controlar as compras da Play Store e ainda limitar o tempo de uso dos aparelhos.

Plataformas de streaming

Outra dica é utilizar as configurações de controle parental em plataformas de streaming como a Netflix e o Prime. Elas são extremamente úteis pois bloqueiam o acesso a filmes que não são indicados para as crianças.

Também existe uma opção no Youtube, na área Kids, que oferece mais segurança aos pais por restringir o acesso de vídeos com violência ou conteúdo inadequado.

Afinal, monitorar os filhos é uma atitude válida?

Sim, monitorar os filhos na internet é uma atitude válida. Não há dúvidas de que o mundo online pode ser muito bom para as crianças. Entretanto, sabemos que além dos conteúdos informativos, existem muitas informações que não condizem com a fase de desenvolvimento dos pequenos. O monitoramento ajuda a controlar quais tipos de conteúdos e informações o seu filho tem acesso.

uma família de pai, mãe e filho, deitados de bruços na cama mexendo no tablet

Afinal de contas, o mundo virtual é tão público e repleto de riscos quanto o real! Logo, você pode e deve (de acordo com o artigo 932 do Código Civil) fazer a vigilância dos aparelhos eletrônicos dos seus filhos menores de idade. No entanto, essa relação deve ser construída na base da confiança e diálogo, sem violação da privacidade de forma agressiva, sempre fazendo com que o seu filho ou filha compreenda a necessidade dessa “vistoria”.

Leia também: Leitura infantil: 7 dicas para incentivar as crianças + FAQ!

Quais são os perigos da internet?

Na internet, a vulnerabilidade das crianças está sempre sujeita às más intenções alheias, além das consequências fisiológicas de ficar muito tempo no celular. Para que você saiba exatamente quais são esses riscos e como evitá-los, separamos 5 tópicos que demonstram os perigos da internet:

1. Vício em eletrônicos

Uma das piores consequências do avanço das redes sociais foi a síndrome de recompensas rápidas. Basicamente, os jovens adquiriram uma necessidade por entretenimentos constantes e imediatos, que só podem ser oferecidos pelos “feeds” do Instagram, Twitter, Tiktok e etc.

Esses aplicativos oferecem resultados de maneira instantânea e infinita, e as crianças passam a ter preferência só por esse tipo de atividade. Qualquer outra coisa que demande tempo e esforço, como ler um livro, não é páreo para as recompensas oferecidas pelos eletrônicos.

Não à toa, a SPB define o uso abusivo de jogos eletrônicos como doença. Passar noites em claro no computador ou o dia inteiro no celular não é só mais uma parte da adolescência, é um vício e deve ser tratado com seriedade.

No mesmo artigo, a SBP definiu a quantidade exata de horas que cada faixa etária pode ter por dia no celular ou tablet:

  • Menos de 2 anos: nenhuma exposição;
  • Entre 2 a 5 anos: uma hora diária;
  • Entre 6 a 10 anos: no máximo 2 horas diárias supervisionadas;
  • Entre 11 a 18 anos: no máximo 3 horas por dia.

Seguindo essas recomendações, você garante ajuda o seu filho a não depender das recompensas fáceis oferecidas pela interne, evitando que ele sofra dos problemas causados pelo uso de eletrônicos em excesso. Como alternativa, que tal relembrar a sua infância sem telas e apresentar brincadeiras antigas para as crianças aprenderem outras formas de diversão?

mulher mais velha e dua meninas brincando de blocos de montar em um tapete

2. Conteúdo explícito

Não é segredo que existe de tudo na internet. Em mãozinhas ingênuas, conteúdos violentos ou sexuais podem ser acessados de maneira acidental, interferindo no desenvolvimento natural das crianças. Essa precocidade pode gerar diversas síndromes e traumas no futuro. Por esse motivo, reforço: precisamos reservar para as crianças o que é de criança!

Os conteúdos de publicidade infantil também são uma grande problemática! Os youtubers e influencers costumam produzir diversos vídeos patrocinados, incentivando indiretamente as crianças a comprarem tal brinquedo ou produto.

Por isso, fique sempre de olho no que os pequenos estão assistindo e ative os filtros de faixa etária disponíveis na maioria dos sites e aplicativos.

3. Exposição a riscos

Infelizmente, a internet está repleta de pessoas mal intencionadas. A vulnerabilidade das crianças que navegam por sites e aplicativos de interação social sem cuidado pode ser facilmente aproveitada por predadores. Por conta disso, é essencial que você explique esses riscos de forma direta e sem floreios.

A maioria das redes sociais só exigem uma idade maior que 13 anos para a criação de contas, então nada de crianças usando o Facebook ou o WhatsApp. Depois disso, você pode pedir ao seu filho para manter uma conta privada e só aceitar solicitações de conhecidos, lembrando-o que um estranho na internet pode não ser quem diz.

4. Problemas de saúde mental

Já falamos sobre a dependência e o vício dos eletrônicos, mas a internet pode oferecer outros problemas de saúde mental. A SPB nomeia a irritabilidade, a depressão e a ansiedade como consequências comuns do uso exagerado de eletrônicos

O desenvolvimento de déficit de atenção, hiperatividade, insônia e transtornos alimentares como anorexia e bulimia também são riscos. Ou seja, a saúde mental da criança pode estar seriamente comprometida se ela abusar das redes sociais ou videogames.

5. Problemas de saúde física

A deterioração da saúde física também é um dos perigos oferecidos pelo abuso da internet. Como estão acostumados com recompensas imediatas, as crianças e os jovens rejeitam quaisquer atividades físicas que requerem tempo e esforço.

Como resultado, problemas visuais como a miopia e a síndrome visual do computador, deficiências auditivas e transtornos posturais e musculoesqueléticos podem ser desenvolvidos.

E por falar nisso, nós temos um post especial com brincadeiras perfeitas para uma festa do pijama — assim toda a criançada fica animada e esquece o celular pela noite.


Esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil e que você tenha aprendido o que é o controle parental e como fazê-lo da melhor maneira possível. Seguir as recomendações dos especialistas da SBP que indicamos também é importantíssimo! Acompanhe de perto os dados que são inseridos, as compras e as pessoas que o seu filho assiste, sempre respeitando o espaço pessoal.

Se você quiser descobrir novas formas de abordagem para conversar sobre a internet e as restrições que vai impor, leia o nosso post sobre a comunicação com afeto! As informações da psicanalista Elisama Santos podem te ajudar a educar melhor!

Até a próxima!

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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