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Pré-adolescência: aprenda a lidar com seu filho durante a fase

7 minutos de leitura

A chegada da pré-adolescência pode intimidar as pessoas à volta. Afinal, como é possível lidar com tantas mudanças e ainda dar conta da famosa rebeldia vivida durante a fase?

Uma das principais mudanças que ocorrem neste período é o início da puberdade, que pode causar desconfortos físicos e emocionais. As meninas podem começar a menstruar, enquanto os meninos podem experimentar o crescimento de pelos faciais e corporais, bem como alterações na voz.

Essas mudanças podem ser um pouco desconfortáveis, mas é importante lembrar que elas são normais e fazem parte do processo de amadurecimento. Para te auxiliar a lidar melhor com a fase, preparamos um guia completo com todas as informações que você precisa saber.

Continue lendo para saber mais!

Quando começa a pré-adolescência?

Não há uma idade exata em que a pré-adolescência começa, pois ela pode variar de criança para criança. No entanto, geralmente, a fase vai dos 10 aos 14 anos e é marcada por mudanças físicas, emocionais e cognitivas que preparam a criança para a adolescência.

É importante lembrar que essa é apenas uma faixa etária aproximada e que o início da pré-adolescência pode variar de acordo com cada indivíduo.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a fase é formada por três partes e acompanha uma pessoa até o término dos 19 anos.

Faça a leitura do post “Conheça as fases da adolescência e saiba como lidar com elas” e entenda as principais características de cada uma das fases.

adolescentes encostado em muro da escola sorridentes

Quais são as principais mudanças na pré-adolescência?

De maneira geral, a entrada para juventude é um período intenso e repleto de transformações, como, por exemplo, o tradicional estirão, caracterizado pelo rápido crescimento.

É aqui que os meninos começam a apresentar alteração no tom de voz e a notar o crescimento de pelos. Já as meninas começam a perceber as mudanças no corpo, como o aumento dos seios, e se deparam com a primeira menstruação.

pais tentando falar filho adolescente sentado na mesa ignorando os pais com cara de bravo

 

Essas mudanças acontecem devido à puberdade, período marcado por constantes e notáveis mudanças físicas, mentais e comportamentais. Além disso, também é aqui que os interesses começam a de fato se formar e será normal escutar frases como “eu não quero usar essa roupa!” ou “eu não posso sair desse jeito!”.

Sabemos que não é fácil lidar com essa transição, muito menos entender qual o limite saudável de regras para serem impostas ao adolescente. Por isso, fizemos uma lista para tornar o processo mais simples.

Como lidar com a fase da pré-adolescência?

Veja nossas dicas para lidar com os filhos na pré-adolescência!

pai conversando com filho na varanda e filho debochando tapado os ouvidos

 

1. Compreenda seu filho

A melhor forma de compreender alguém que está passando por isso é entender que você já esteve no lugar dele(a) e viveu todas as mudanças da puberdade. Da mesma forma que não é fácil acompanhar do lado de fora, também é desconfortável sentir diferentes emoções e ter que lidar com elas.

Faça um exercício e se coloque no lugar do(a) filho(a), imaginando como gostaria que agissem caso você fosse ele(a)!

2. Mantenha o diálogo aberto

O diálogo é sempre a melhor solução para manter uma boa convivência com seu filho(a) ou qualquer outra pessoa. Não podemos esquecer que os adolescentes estão formando uma série de opiniões e fazer eles não confiarem em você é o mesmo que afastá-los sem perceber.

Tente deixar sempre claro que você está ali para qualquer ocasião e não julgará as decisões tomadas por ele(a). O seu papel é aconselhar e mostrar os melhores caminhos para serem seguidos.

3. Saiba as horas de conversar

Já aconteceu de ter dias em que você não quer conversar com ninguém? Isso é totalmente normal e acontecerá em todas as fases da vida. A partir do momento que entendemos isso, acaba ficando mais fácil respeitar alguns limites.

Tente não querer obrigar o pré-adolescente a conversar sobre tudo e em todos os momentos. Nossa dica é usar frases como “Você quer compartilhar isso comigo?” ou “Estou aqui para te ouvir quando quiser conversar, ok?”.

Pode parecer algo insignificante, mas esses detalhes fazem toda diferença, e deixam o outro mais confortável para confiar e se sentir seguro ao compartilhar as vivências com você.

4. Ensine a dizer “não”

A pré-adolescência traz junto consigo diversas tomadas de decisão. Por isso, é necessário entender que falar ‘não’ faz parte da vida e uma vez ou outra acontecerá.

Ensinar o(a) seu(ua) filho(a) o valor dessa palavra permitirá que ele(a) pense melhor qual é a melhor decisão e como ela influenciará no cotidiano. Por exemplo, imaginar o quão prejudicial é andar com más companhias.

5. Defina regras

O fato de termos falado muito em compreensão não anula esse item, já que definir regras é a garantia de que o(a) adolescente tomará as melhores decisões, entendendo que cada ato tem uma consequência.

Caso ele(a) respeite suas ordens, a confiança vai aumentar e, consequentemente, terão mais privilégios ao longo do tempo.

Quais são os desafios da pré-adolescência?

Como já falamos, estar nessa fase não é fácil e alguns obstáculos podem marcar esses anos, assim como os listados abaixo:

menina cansada com cara de triste sentada na mesa com mãe olhando para ao lado

Pertencimento

Sentir que faz parte de algo e saber que pertence a algum grupo é um desejo comum entre os jovens. É exatamente aqui que habilidades são desenvolvidas e o(a) adolescente finalmente pode descobrir qual é a real personalidade.

Você pode estar se perguntando: ‘como posso ajudar?’. Incentivando o jovem a participar de atividades, esportes e aproveitar de diferentes formas os momentos de lazer. Indiretamente, ele vai conseguir entrar em contato com diferentes tipos de pessoas e conhecer além da própria realidade.

Lidar com os próprios sentimentos

Não tem como forçar um adolescente a lidar com os próprios sentimentos, até porque nem um adulto consegue fazer isso perfeitamente.

Principalmente para esse tópico, não podemos deixar de lado o acompanhamento psicológico ao lado de um profissional capaz de ajudar com a atual fase.

Fazer escolhas

Qual roupa devo usar? Qual sapato tem meu estilo? Será que eu gosto mesmo disso? Qual corte de cabelo é o melhor?

As escolhas a serem feitas podem ser simples ou não, mas sempre estarão presentes no dia a dia do(a) mais novo(a) futuro(a) adulto(a). Que tal instigar a leitura de blogs, tutoriais e outros materiais online para ajudar com essas dúvidas?

Os posts “7 looks com roupas femininas para pré-adolescência” ou “Tendência! Inspirações de looks com calça jogger infantil” são ótimas opções de leitura!

Quais sentimentos formam essa fase?

Para compreender melhor o(a) seu(ua) recém-adolescente, é importante dar nome aos principais sentimentos que ele(a) vem sentindo. Abaixo, estão os mais comuns.

  • Angústia;
  • Tristeza;
  • Irritação;
  • Revolta;
  • Estresse;
  • Vergonha;
  • Baixa autoestima.

menino triste apoiado na grade de madeira da varanda com as mão na cabeça

 

Uma pessoa pode apresentar todos eles, apenas alguns ou então nenhum. Cada ser humano é único e vive as fases da vida de forma diferente, com o(a) seu(ua) filho(a) também acontecerá dessa forma!

Assim como a infância chega ao fim, a adolescência também é um ciclo que vai acabar. Aproveite a fase para descobrir novas vivências ao lado do pré-adolescente e garanta que boas memórias sejam criadas. No final, são as lembranças positivas que prevalecem.


Referências:

Adolescência e puberdade: saiba mais sobre essa fase de transformações. Unimed, 2021. Disponível em: https://viverbem.unimedbh.com.br/prevencao-e-controle/adolescencia-e-puberdade/#:~:text=Mudan%C3%A7as%20no%20corpo&text=Os%20quadris%20se%20tornam%20mais,primeira%20menstrua%C3%A7%C3%A3o%2C%20conhecida%20como%20menarca. Acesso em: 10/03/2023.

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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