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Ábaco: o que é, qual é a origem, tipos e como funciona

7 minutos de leitura

O ábaco o instrumento considerado uma das primeiras calculadoras do mundo. Existem diferentes tipos e versões desse aparelho que era usado por diversas civilizações antigas em todo o planeta.

Ele é composto por hastes e pedrinhas deslizantes que representam as quantidades trabalhadas. Por ser uma forma “tátil” de elaborar as contas, o ábaco é usado até hoje por muitas pessoas. Desde estudantes do ciclo básico, pessoas com deficiência visual e até comerciantes mundo afora.

Por esse motivo, aprender como usar essa ferramenta pode ser ajudar muito na aprendizagem de matemática.

Neste post, você pode entender para que serve, a origem, como usar, os tipos e a importância do ábaco na educação infantil. Então, se você quer saber mais sobre essa ferramenta matemática milenar, continue lendo!

Para que serve um ábaco?

O ábaco é uma ferramenta usada para fazer as operações básicas da matemática, além do cálculo da raiz. Ou seja, com ele é possível fazer contas de adição, subtração, divisão, multiplicação e radiciação.

Uma pessoa habituada com o uso do aparelho pode fazer contas tão rápido quanto alguém que usa uma calculadora digital.

Mesmo com vários séculos de existência, o ábaco ainda é uma ferramenta utilizada. Mais adiante, iremos explicar como a calculadora milenar é importante para a educação infantil. Porém, já é possível adiantar que ela pode ser uma grande aliada na hora do seu filho estudar para a prova.

Qual é a origem do ábaco?

Por ser antigo e utilizado por muitas civilizações diferentes, não é possível afirmar a origem exata do ábaco. Contudo, os primeiros registros vêm desde a Mesopotâmia, há mais de 5000 anos.

O instrumento mais conhecido atualmente é uma variação do soroban, a versão japonesa do ábaco. Além disso, há registro do objeto na Grécia Antiga, Roma, Rússia, China, Índia, Egito, povos pré-colombianos e muitas outras civilizações.

A origem do ábaco vem da necessidade de realizar operações complexas e contar quantidades maiores do que o número de dedos das mãos. Com o tempo, a ferramenta foi aperfeiçoada e adaptada para o sistema decimal, que é a base do nosso sistema numérico atual.

No próximo tópico, você vai ver como usar o ábaco. Depois que terminar a leitura, aproveite para conferir nosso post com experiências lúdicas e simples para fazer com as crianças!

Professora faz cálculos com ábaco em sua sala de aula

Como fazer cálculos com o ábaco?

Existem vários tipos de ábaco. O soroban é o mais comum deles e, por esse motivo, é o que você vai aprender a usar agora. Veja o passo a passo dessa atividade com números!

1. Entenda a estrutura

O soroban é composto por um número variável de varetas, nas quais pequenas pedras – ou fichas – deslizam para cima e para baixo. Em geral, 13 hastes são suficientes para fazer contas básicas. Cada uma delas é dividida horizontalmente por uma barra.

As fichas que ficam acima da barra horizontal representam cinco unidades. Na parte inferior ficam outras quatro que representam uma unidade cada. Elas só têm valor numérico se estiverem apoiadas na barra central.

Ou seja, para zerar o instrumento, é preciso que todas as fichas estejam afastadas da barra central.

Cada vareta representa um algarismo e, consequentemente, uma classe numérica. Isso deve ser contado da direita para a esquerda. Isto é, a haste mais à direita representa as unidades, aquela que fica ao seu lado mostra as dezenas e assim por diante até o fim da tábula.

2. Marque os algarismos

A maneira correta de usar o soroban é apoiando-o sobre uma superfície horizontal. A mão esquerda deve segurá-lo enquanto a direita movimenta cada uma das fichas nas varetas a fim de montar o número desejado.

Por exemplo, para montar o número 1950 deve-se, da direita para a esquerda:

  • Na primeira haste, afaste todas as pedras da barra central;
  • Na próxima, deixe a ficha de cinco unidades próxima ao centro e as de unidade afastadas;
  • A terceira haste deve ter todas as pedras próximas ao centro;
  • Por fim, na quarta vareta, apenas uma ficha de unidade fica perto do centro.

A partir disso, é possível realizar as quatro operações básicas da matemática. A seguir, você vai ver um exemplo de cada uma delas.

3. Faça uma soma

Para fazer uma soma é simples: basta pegar cada algarismo e adicionar o número de fichas correspondentes a ele. A vantagem do soroban é que é possível apenas escrever o novo valor por cima do que já está na ferramenta. Por exemplo, veja a adição 1231+115:

  • Da direita para esquerda, marque uma pedra na primeira coluna, três na segunda, duas na terceira e uma na quarta. Esse é o número 1231;
  • Adicione, na primeira coluna, a pedra que representa cinco unidades, uma ficha na segunda fila e uma na terceira. Esse é o número 115;
  • O resultado é: seis unidades, quatro dezenas, três centenas e uma unidade de milhar. Ou seja: 1346.

Pode acontecer da soma resultar em mais do que 9 unidades em uma determinada classe. Nesse caso, o procedimento é parecido com o que se faz em contas no papel. É preciso “zerar” a haste em questão e adicionar uma unidade àquela que está à sua esquerda. Por exemplo:

  • Na primeira haste, deixe todas as pedras próximas à barra central. Esse é o número 9;
  • Para adicionar mais 1, deve-se zerar a vareta e iniciar a próxima com uma pedra nas unidades.

Esse será o número 10. É importante dar atenção para não confundir na hora de fazer a adição e acabar adicionando mais algarismos na classe errada.

4. Faça subtrações

A subtração é a operação inversa da adição. O mesmo acontecerá no ábaco japonês. Ou seja, se na soma, as pedrinhas foram aproximadas, para as contas “de menos”, elas serão afastadas. Simples, não é mesmo?

Para entender o processo, volte no tópico anterior e faça o passo a passo ao contrário. Assim, além de aprender a subtrair usando um método analógico, você fará a prova real e descobrirá se sua conta estava certa.

5. Multiplicações e divisões

Não trouxemos um tutorial para essas operações, pois as multiplicações e divisões são um pouco mais complexas. Mesmo que elas sejam, respectivamente, adições e subtrações repetidas, seu grau de dificuldade no ábaco é superior à educação infantil.

Contudo, caso seja do seu interesse, confira o manual para uso do ábaco japonês, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFMG), o qual serviu de referência para este post.

Quais são os tipos de ábaco?

Ao longo dos séculos, surgiram diversos tipos de ábaco. Cada um deles tem funcionalidades e graus de complexidades diferentes.

Atualmente, o modelo mais usado é o soroban, que pode ser usado tanto por pessoas deficientes visuais ou pessoas videntes. Isso faz com que ele seja uma das ferramentas ideais para a adaptação escolar.

Veja mais sobre outros tipos de ábaco:

  • Abax: o ábaco grego;
  • Suanpan: ábaco chinês;
  • Soroban: ábaco japonês;
  • Nepohualtzintzin: ábaco dos povos pré-colombianos;
  • Schoty: ábaco russo;
  • Ábaco romano;
  • Cranmer: ábaco adaptado para deficientes visuais.

Professora segura um ábaco colorido em sua sala de aula

Além do ensino de matemática, o ábaco pode ajudar muito no exercício da coordenação motora infantil.

Qual é a importância do ábaco na educação?

O ábaco tem muitas potencialidades para o uso em sala de aula. Ele pode ajudar a praticar adições simples e entender melhor o sistema decimal. Afinal, com essa ferramenta, os alunos podem visualizar como cada classe numérica é formada por 10 unidades.

Por falar em educação, aqui no blog Moda Infantil, você encontra vários conteúdos sobre esse tema. Veja o que é parlenda e entenda a sua importância.

Os resultados na aprendizagem das crianças são positivos. Contudo, há outros impactos no processo educacional do ciclo básico. Um estudo feito por pesquisadores de Minas Gerais mostra que os alunos ficaram mais motivados em participar das aulas.

Como você pode ver, o ábaco pode trazer muitos aspectos positivos para o processo educacional. Mesmo que seja uma ferramenta milenar, ela ajudará os estudantes a entender o sistema decimal e as operações básicas. Isso será de grande valor no decorrer da vida escolar, quando as operações e cálculos começarem a ficar mais complexos.

A idade dos estudos é um período importante na vida dos filhos. Por esse motivo, os pais devem ser agentes ativos na hora de incentivá-los a manter o foco nas aulas.

Outro fator importante é o ambiente, o qual contribui para que os resultados sejam melhores. Dessa maneira, veja nosso post que mostra as cores que estimulam o aprendizado.

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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