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Ambliopia em crianças: o que é, tipos, riscos e tratamento

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A ambliopia (ou olho preguiçoso) é um distúrbio no desenvolvimento da visão. Nessa condição, um dos olhos não consegue melhorar mesmo com o uso de óculos ou lentes. Se detectada e tratada precocemente, na maioria dos casos, há cura.

A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da ambliopia é o H53. Esse código classifica as condições médicas em todo o mundo.

O diagnóstico da ambliopia é feito a partir do exame de acuidade visual — uma medida que relaciona a distância que o olho testado enxerga para um olho saudável. Falaremos melhor sobre os exames mais adiante. Além disso, pela legislação brasileira, a ambliopia é considerada uma deficiência visual, pois causa perda total ou parcial da visão.

Neste post, explicaremos as causas, tipos, tratamentos e exames da condição. Antes de continuarmos, lembre-se que este conteúdo é informativo e não serve como diagnóstico, OK? Envie este conteúdo para mais mamães e papais se informarem sobre o assunto e continue a leitura:

Quais os tipos de ambliopia?

Existem três tipos de ambliopia: por estrabismo, anisometropia e privação. Cada um deles depende das possíveis causas, como mostra o Instituto Vizibelli. Ou seja, o tipo de olho preguiçoso que atinge uma criança é determinado a partir das razões pelo seu surgimento.

Vamos falar melhor das causas da ambliopia no próximo tópico. Antes, saiba que observar qualquer variação no comportamento infantil é uma das principais maneiras de entender que há algo de errado com os pequenos.

Em alguns casos, como o da ambliopia, é preciso recorrer a um médico. Em outros, é possível utilizar tratamentos caseiros, como quando os dentes do bebê estão nascendo.

Quais as causas da ambliopia?

A ambliopia é causada por qualquer distúrbio que impeça o uso normal ou desenvolvimento do globo ocular, como mostra a Secretaria de Saúde de Goiás. Os principais motivos são: estrabismo, erros de efração e opacidade nos meios transparentes.

Estrabismo

É uma das formas mais comuns da ambliopia, como mostra o Instituo Strabos. Nesse caso, a condição se desenvolve no olho desviado. O cérebro acaba por suprimir a visão do lado que é afetado pelo estrabismo. Isso acontece para evitar a visão duplicada — a diplopia.

Erro de refração

Quando o grau é muito alto em um dos olhos e o outro enxerga bem, o cérebro não interpreta bem a imagem borrada. Nesse caso, ele pode suprimir a visão e a posição dos olhos pode parecer normal, o que dificulta e gera atraso na detecção.

Além disso, quando os dois olhos têm um grau muito alto, a visão bilateral pode ser prejudicada — o que acontece por causa das imagens desfocadas.

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Privação visual

A privação visual ou opacidade nos meios transparentes do olho é a causa mais grave e a menos comum da ambliopia. Ela pode ter duas causas: uma obstrução no eixo visual que interfira na visão ou o desenvolvimento do sistema visual.

Isso pode acontecer a lesões que cubram o eixo visual, problemas na córnea, hemorragias, queda da pálpebra, catarata e outras.

Você conhecia todas essas causas? Aqui no nosso blog temos vários posts que ajudam a informar as mamães, papais e responsáveis sobre as principais condições que podem afetar as crianças. Para saber mais, aproveite para ler todos os nossos conteúdos sobre saúde infantil!

Como saber se uma criança tem ambliopia?

O diagnóstico da ambliopia é feito por meio do exame da acuidade visual. Em casos de estrabismo, a doença pode ser detectada quando há uma preferência em fixar sempre o mesmo olho, como aponta um artigo da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Além disso, o ideal é que os médicos façam uma triagem da visão em crianças logo após o nascimento e em exames de bem-estar ao longo da infância. Em certos casos, há uma triagem pré-escolar para detectar os sintomas de vista infantis.

Caso os pequenos ainda não consigam se comunicar verbalmente, a avaliação de um especialista é fundamental.

A detecção precoce da ambliopia aumenta as chances de cura da condição. Em caso de qualquer suspeita, peça para o seu pediatra uma recomendação de oftalmologista ou optometrista especialista no assunto.

Menina loira com óculos franze o rosto tentando enxergar

Ambliopia tem cura? Conheça os tratamentos!

A ambliopia tem cura até uma determinada idade e depende da gravidade de cada caso. O principal tratamento é feito pela estimulação e obrigação do uso do olho afetado. Isso tem como objetivo retomar o funcionamento do olho. Em geral, usa-se o tampão no olho saudável.

O uso do tampão é uma forma não-invasiva e barata de tratar a ambliopia. Contudo, ele deve ser feito apenas sob a recomendação de um especialista na área. Se for feito da maneira incorreta, o olho saudável também pode se tornar amblíope.

Outras formas de tratamento envolvem: a correção do erro de refração com óculos e a eliminação — por meio de cirurgia — da obstrução no eixo visual ou uso de remédios. Além disso, é fundamental que as famílias persistam no tratamento da doença, que pode ser lento.

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Ambliopia tem cura até que idade?

A ambliopia pode ser tratada totalmente em crianças até os sete anos. Isso acontece porque a visão se desenvolve até essa idade, como mostra o Instituto Strabos. Portanto, o diagnóstico e o tratamento devem ser feitos quanto antes para aumentar as chances de cura.

Atualmente, não há uma cura efetiva para casos nos quais o diagnóstico é feito em crianças com idade superior aos sete anos. Nessas situações, há o controle e diminuição da gravidade da doença. O resultado, além disso, depende da severidade do grau da ambliopia.

As chances de recuperação total ou parcial são dadas apenas pelo oftalmologista. Além disso, os papais e mamães precisam ser ativos ao longo de todo o tratamento, como a Secretaria de Saúde de Goiás mostra.

Quem tem ambliopia pode ficar cego?

Se não for tratada precocemente, sim. Em alguns casos, o olho amblíope pode nunca desenvolver uma visão normal. Além disso, se a visão do olho dominante for comprometida por algum outro problema, pode gerar um quadro de cegueira funcional.

O diagnóstico precoce e a participação de toda a família no tratamento é fundamental para a recuperação da ambliopia. Em todos os casos, um médico oftalmologista precisa ser consultado para orientar qual será a forma de atuar sobre o problema.

Este conteúdo foi escrito apenas para te informar sobre os sintomas, complicações e possíveis diagnósticos. Lembramos, novamente, que ele não deve servir para chegar a conclusões sobre a doença e seus tratamentos.

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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