O terror noturno infantil é uma parassonia (ou distúrbio do sono) em que a criança grita ou chora, mas sem despertar do sono.
Até o momento, as causas não foram diagnosticadas e existem apenas hipóteses relacionadas a esse episódio que pode afetar até mesmo adolescentes.
Sabendo disso, trouxemos as informações que todos os pais precisam saber: o que é terror noturno, idade que acontece, como identificar e proceder. Leia na sequência e veja como auxiliar o seu filho/filha nesse momento difícil.
Conteúdo
- 1 O que é terror noturno infantil?
- 2 Quais são os sintomas do terror noturno?
- 3 Quanto tempo dura o terror noturno em crianças?
- 4 O que causa terror noturno na criança?
- 5 Como lidar com a crise do terror noturno?
- 6 O que fazer depois da crise?
- 7 Qual a diferença entre terror noturno, pesadelo e sonambulismo?
O que é terror noturno infantil?
O terror noturno infantil é quando a criança se desespera durante o sono, porém o corpo não acorda, fazendo com que os pequenos vivenciem uma experiência de medo acentuado (que é diferente de um pesadelo e sonambulismo).
Como explica o órgão Pediatra Orienta, o terror noturno infantil costuma acometer crianças e jovens de 3 a 12 anos e não tem prevalência em algum dos gêneros, sendo caracterizado por episódios de agitação e medo intenso.
Quais são os sintomas do terror noturno?
Os sintomas do terror noturno são reações corporais a situações de perigo e alerta. O metabolismo descarrega uma carga hormonal de adrenalina e o corpo pode responder das seguintes formas:
- Gritos;
- Choros;
- Agitação nas pernas e braços (a criança pode correr pela casa);
- Olhos arregalados, por mais que não esteja acordada;
- Olhar catatônico, ou seja, parado e distante;
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Confusão mental;
- Desespero;
- Respiração agitada;
- Hiperidrose, isto é, suor frio;
- Em alguns casos, faz xixi na cama.
Quanto tempo dura o terror noturno em crianças?
O episódio tem duração de 10 a 15 minutos e a criança não desperta, mesmo com os pais chamando-a pelo nome e tentando acordá-la.
Mas a boa notícia é que diminuem à medida que a criança cresce: por mais que possa se apresentar em jovens, a maioria dos casos desse distúrbio do sono ficam entre os 2 e 5 anos.
Veja também: entenda a fase dos 2 anos
O que causa terror noturno na criança?
As teorias científicas apontam que o terror noturno infantil ocorre pela falta de maturidade no sistema nervoso central, o que significa que pode ser parte de um dos estágios normais do desenvolvimento infantil ou apenas uma consequência de pesadelos.
Porém, caso aconteça com frequência, é preciso analisar outras possíveis causas para combater o terror noturno.
Há ações que influenciam o seu surgimento, como atividade física excessiva, ingestão de alimentos com cafeína e questões mentais depressão e estresse emocional.
Como lidar com a crise do terror noturno?
Quando os pais não sabem que a criança está passando por um episódio de terror noturno é mais complicado, pois se desesperam junto com o filho. Por isso, veja as dicas a seguir de como proceder em casos de terror noturno.
1. Mantenha a calma
No começo, é natural que os pais se assustem com a situação. Porém, é de suma importância que mantenham a calma para cuidar da criança e prevenir acidentes. Levante da cama, vá até o quarto dos pequenos, respire fundo e lembre-se que a crise passará dentro de alguns minutos.
2. Não tente acordar
A criança não reconhece os pais, afinal de contas, a visão está imersa no mundo da fantasia e a audição no mundo real, e ficar chamando a criança aumenta o desespero. Portanto, deixe o corpo reagir ao terror.
3. Garanta a segurança
Mantenha os objetos cortantes, perfurantes e tudo que possa machucar o mais longe possível. Assim, o ambiente fica seguro e evita que acidentes aconteçam. Além do mais, não deixe a criança sozinha em nenhum momento da crise e garanta que ela não vá cair da cama.
O que fazer depois da crise?
Após o episódio de terror noturno a criança tem duas possibilidades, voltar a dormir ou despertar. Se adormecer em seguida, deixe que deite e retorne ao sono normal.
Caso desperte, leve ao banheiro para fazer xixi, ajude a tomar um banho quentinho (para tirar o suor, relaxar o corpo e colocar um pijama confortável limpo), dê um lanchinho e escove os dentes para dormir novamente.
Conselho: evite falar sobre a situação no momento, porque a criança não tem consciência do que aconteceu. Falar sobre isso causa vergonha e medo de voltar a dormir. No dia seguinte, converse para identificar o que está deixando a criança estressada ou preocupada.
Recomendamos que leve ao pediatra e, posteriormente, ao psicólogo para tratar de forma interna e evitar que aconteça novamente.
Além disso, é essencial criar uma rotina no período da noite que consiste em relaxar antes de dormir (ler uma história, escutar uma música e tomar banho quente).
Qual a diferença entre terror noturno, pesadelo e sonambulismo?
A diferença entre terror noturno, pesadelo e sonambulismo está no momento em que eles acontecem e as reações corporais que desencadeiam.
O terror noturno tende acontecer no início do sono (entre a vigília e o primeiro sono). Ou seja, ocorre nos primeiros minutos que a criança deita. Ela começa a gritar, chorar e balbuciar palavras de ajuda, em alguns casos.
Já o pesadelo se passa na fase REM (o sono profundo, sujeito a 4 ou 5 vezes à noite). Ele é propenso a acontecer na madrugada e a criança vivencia o medo apenas na mente, com o corpo permanecendo imóvel na maioria dos casos.
Além disso, é frequente que os pequenos consigam se lembrar do pesadelo.
Por sua vez, o sonambulismo é um acordar incompleto, em que o corpo se movimenta, mas a consciência não. E sem a presença do medo ou terror.
É uma situação em que a criança levanta da cama, anda pela casa e conversa, porém sem saber que está fazendo tudo isso.
Conhecendo os detalhes do terror noturno infantil, você pode prevenir riscos e cuidar dos filhos de forma certeira. Siga as dicas acima e continue acompanhando o Blog da Brandili para receber mais informações.
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