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Terror noturno infantil: o que é, sintomas e o que fazer

5 minutos de leitura

O terror noturno infantil é uma parassonia (ou distúrbio do sono) em que a criança grita ou chora, mas sem despertar do sono.

Até o momento, as causas não foram diagnosticadas e existem apenas hipóteses relacionadas a esse episódio que pode afetar até mesmo adolescentes.

Sabendo disso, trouxemos as informações que todos os pais precisam saber: o que é terror noturno, idade que acontece, como identificar e proceder. Leia na sequência e veja como auxiliar o seu filho/filha nesse momento difícil.

Criança menina dormindo na cama

O que é terror noturno infantil?

O terror noturno infantil é quando a criança se desespera durante o sono, porém o corpo não acorda, fazendo com que os pequenos vivenciem uma experiência de medo acentuado (que é diferente de um pesadelo e sonambulismo).

Como explica o órgão Pediatra Orienta, o terror noturno infantil costuma acometer crianças e jovens de 3 a 12 anos e não tem prevalência em algum dos gêneros, sendo caracterizado por episódios de agitação e medo intenso.

Quais são os sintomas do terror noturno?

Os sintomas do terror noturno são reações corporais a situações de perigo e alerta. O metabolismo descarrega uma carga hormonal de adrenalina e o corpo pode responder das seguintes formas:

  1. Gritos;
  2. Choros;
  3. Agitação nas pernas e braços (a criança pode correr pela casa);
  4. Olhos arregalados, por mais que não esteja acordada;
  5. Olhar catatônico, ou seja, parado e distante;
  6. Batimentos cardíacos acelerados;
  7. Confusão mental;
  8. Desespero;
  9. Respiração agitada;
  10. Hiperidrose, isto é, suor frio;
  11. Em alguns casos, faz xixi na cama.

Quanto tempo dura o terror noturno em crianças?

O episódio tem duração de 10 a 15 minutos e a criança não desperta, mesmo com os pais chamando-a pelo nome e tentando acordá-la.

Mas a boa notícia é que diminuem à medida que a criança cresce: por mais que possa se apresentar em jovens, a maioria dos casos desse distúrbio do sono ficam entre os 2 e 5 anos.

Veja também: entenda a fase dos 2 anos

O que causa terror noturno na criança?

As teorias científicas apontam que o terror noturno infantil ocorre pela falta de maturidade no sistema nervoso central, o que significa que pode ser parte de um dos estágios normais do desenvolvimento infantil ou apenas uma consequência de pesadelos.

Porém, caso aconteça com frequência, é preciso analisar outras possíveis causas para combater o terror noturno.

Há ações que influenciam o seu surgimento, como atividade física excessiva, ingestão de alimentos com cafeína e questões mentais depressão e estresse emocional.

Menina dormindo no banco carro ao lado de um cachorro

Como lidar com a crise do terror noturno?

Quando os pais não sabem que a criança está passando por um episódio de terror noturno é mais complicado, pois se desesperam junto com o filho. Por isso, veja as dicas a seguir de como proceder em casos de terror noturno.

1. Mantenha a calma

No começo, é natural que os pais se assustem com a situação. Porém, é de suma importância que mantenham a calma para cuidar da criança e prevenir acidentes. Levante da cama, vá até o quarto dos pequenos, respire fundo e lembre-se que a crise passará dentro de alguns minutos.

2. Não tente acordar

A criança não reconhece os pais, afinal de contas, a visão está imersa no mundo da fantasia e a audição no mundo real, e ficar chamando a criança aumenta o desespero. Portanto, deixe o corpo reagir ao terror.

3. Garanta a segurança

Mantenha os objetos cortantes, perfurantes e tudo que possa machucar o mais longe possível. Assim, o ambiente fica seguro e evita que acidentes aconteçam. Além do mais, não deixe a criança sozinha em nenhum momento da crise e garanta que ela não vá cair da cama.

O que fazer depois da crise?

Após o episódio de terror noturno a criança tem duas possibilidades, voltar a dormir ou despertar. Se adormecer em seguida, deixe que deite e retorne ao sono normal.

Caso desperte, leve ao banheiro para fazer xixi, ajude a tomar um banho quentinho (para tirar o suor, relaxar o corpo e colocar um pijama confortável limpo), dê um lanchinho e escove os dentes para dormir novamente.

Conselho: evite falar sobre a situação no momento, porque a criança não tem consciência do que aconteceu. Falar sobre isso causa vergonha e medo de voltar a dormir. No dia seguinte, converse para identificar o que está deixando a criança estressada ou preocupada.

Recomendamos que leve ao pediatra e, posteriormente, ao psicólogo para tratar de forma interna e evitar que aconteça novamente.

Além disso, é essencial criar uma rotina no período da noite que consiste em relaxar antes de dormir (ler uma história, escutar uma música e tomar banho quente).

Bebê dormindo numa cama branca

Qual a diferença entre terror noturno, pesadelo e sonambulismo?

A diferença entre terror noturno, pesadelo e sonambulismo está no momento em que eles acontecem e as reações corporais que desencadeiam.

O terror noturno tende acontecer no início do sono (entre a vigília e o primeiro sono). Ou seja, ocorre nos primeiros minutos que a criança deita. Ela começa a gritar, chorar e balbuciar palavras de ajuda, em alguns casos.

Já o pesadelo se passa na fase REM (o sono profundo, sujeito a 4 ou 5 vezes à noite). Ele é propenso a acontecer na madrugada e a criança vivencia o medo apenas na mente, com o corpo permanecendo imóvel na maioria dos casos.

Além disso, é frequente que os pequenos consigam se lembrar do pesadelo.

Por sua vez, o sonambulismo é um acordar incompleto, em que o corpo se movimenta, mas a consciência não. E sem a presença do medo ou terror.

É uma situação em que a criança levanta da cama, anda pela casa e conversa, porém sem saber que está fazendo tudo isso.

Mãe e dois filhos meninos sentados de pijama tomando café da manhã

Conhecendo os detalhes do terror noturno infantil, você pode prevenir riscos e cuidar dos filhos de forma certeira. Siga as dicas acima e continue acompanhando o Blog da Brandili para receber mais informações.

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

2 comentários em “Terror noturno infantil: o que é, sintomas e o que fazer”

  1. Através das informações aqui passadas desconfio que meu filho de 1 ano e 5 meses tenha esse Terror Noturno, já que desde que nasceu tem os mesmos sintomas que aqui foi passado.
    Fico imensamente triste quando estes episódios acontecem.
    Irei procurar um psiquiatra pediatrico para poder ajuda-lo.
    Obrigada ao blog pelas informações.

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