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Conheça todos os tipos de partos (e as posições ideais)

9 minutos de leitura

O parto é o momento em que o bebê deixa o útero da mãe e finaliza o período de gestação. Atualmente, ele é dividido em duas classificações principais: normal e cesárea. Essas classificações se dividem em diversas modalidades diferentes.

É fundamental que a mamãe conheça quais são os tipos de parto para conversar abertamente com o seu médico(a) e tomar uma decisão informada. Afinal, nos últimos 20 anos, os profissionais de saúde têm aumentado cada vez mais as intervenções cirúrgicas durante o parto. Antes disso, elas eram usadas apenas em para evitar riscos ou tratar complicações da gravidez.

Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS), reforçou, em 2018, as recomendações para evitar intervenções cirúrgicas desnecessárias. Dentre elas, foi escrito que a mulher deve poder verdadeiramente se envolver na tomada de decisões. Para isso, mamãe, continue lendo e conheça quais são os tipos de parto!

1. Parto normal ou eutócico

O parto normal é o mais conhecido dos partos vaginais. Caso o bebê esteja de cabeça para baixo, nasça sem recurso de instrumentos como o fórceps/ventosa, ou seja, um parto normal sem anestesia, ele é conhecido como parto eutócico.

Desde 2017, há uma Diretriz Nacional sobre os tipos de parto elaborada pelo Ministério da Saúde. Nela, estão os padrões que devem ser seguidos para o parto normal em todo o território nacional. Isso visa melhorar o acompanhamento e acolhimento das mulheres que passam por ele.

Em alguns casos, o parto normal pode doer muito. Nessas ocasiões, alguns medicamentos para a dor podem ser recomendados pelo Ginecologista e Obstetra para garantir a segurança da mamãe e do bebê. Esse acompanhamento médico deve acontecer desde a saída do tampão mucoso até o nascimento completo da criança.

Ilustração de parto normal ou eutócico

2. Parto natural

O parto natural é aquele não possui nenhuma interferência cirúrgica e tem o mínimo da intervenção médica. Em geral, a escolha sobre o uso da anestesia ou episiotomia fica a cargo da mamãe. Dessa maneira, é muito comum que, nesse tipo de parto, recorram-se aos métodos naturais para diminuir o estresse e o desconforto.

Para optar pelo parto normal completo ou natural, é preciso acompanhar a gestação considerando qual será a técnica utilizada, baseada na posição do bebê. Além disso, quem determina a chegada da criança é a mamãe e o seu corpo — nada de medicamentos para indução do parto.

Ilustração de parto natural

3. Método Leboyer

Infelizmente, ainda não há uma lei no Brasil que configure o que é a violência obstétrica. Contudo, ela atinge diariamente milhares de mulheres e pode levar a traumas como depressão, dificuldades na vida sexual, abalos emocionais e outros, como mostra a Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul.

A partir da ideia do parto natural, surgiu o parto sem violência. Em meados dos anos 1970, o médico francês Fréderík Leboyer criou um método cujo objetivo é tornar a chegada do bebê o menos estressante possível. Ele concentra toda a experiência no conforto do recém-nascido.

Além dos procedimentos adotados no parto natural, o método Leboyer é praticamente uma filosofia que preza pelo conforto bebê e da mamãe.

4. Parto humanizado

O parto humanizado não é, necessariamente, um método específico. Na verdade, ele é o modo como a gestação e o parto são tratados. Essa corrente busca oferecer autonomia e respeito às mulheres na hora de decidir os próximos passos da sua gestação e puerpério. Ou seja, ele é voltado às necessidades da mulher.

Esse tipo de parto entende que a própria mulher sabe o que é melhor para si mesma — desde que a decisão não coloque em risco a sua vida ou a do bebê, é claro.

Essa vertente, que devolve à mulher o direito de saber e decidir sobre tudo que acontece na sua gestação, foi reforçada nas recomendações de 2018 da OMS, as quais citamos no início do post.

5. Parto na água

O parto na água é realizado em uma banheira de água morna. A ideia aqui é que a experiência seja menos traumatizante para o bebê. Isso parte do princípio de que, no útero, o recém-nascido, estava envolto no líquido amniótico, que é quentinho e confortável.

Desde que seja acompanhado por profissionais capacitados, o parto na água não oferece riscos de afogamento. Além disso, outro ponto positivo dessa modalidade é que a temperatura da água ajuda a acalmar e reduzir a tensão da mamãe. A posição do neném não é tão relevante aqui, desde que ele saia sem auxílio de instrumentos médicos.

Ilustração de parto na água

Está gostando deste post? Veja como a psicologia ajuda às mamães com depressão pós-parto.

6. Parto de cócoras

O parto de cócoras consiste na mamãe ficar agachada para fazer o parto fluir de maneira mais rápida. Essa afirmação parte do pressuposto que a posição aumente o relaxamento da musculatura e do períneo, além de contar com a ajuda da gravidade para o bebê ter o primeiro contato com o mundo externo.

Desde que a mamãe recebe a notícia de um teste de gravidez positivo, ela já deve começar a considerar quais serão os próximos passos e, é claro, qual será o método de concepção escolhido. Existem algumas particularidades no parto de cócoras, veja quais são elas:

  • O bebê precisa estar de cabeça para baixo;
  • A dilatação vaginal precisa ser ideal para o tamanho do bebê;
  • A criança deve pesar menos de 4 kg.

Caso algum desses itens não seja cumprido, pode representar um risco para a saúde da mamãe e do bebê.

Ilustração do parto de cócoras

7. Parto pélvico

O parto pélvico acontece quando o bebê está na posição contrária ao habitual. Isto é, quando a criança está sentada na barriga. Dessa maneira, os pés ou as nádegas do recém-nascido vão sair primeiro do que a cabeça.

Por ser uma posição incomum, algumas complicações podem surgir. Por exemplo:

  • A cabeça e os ombros ficarem presos nos ossos da pélvis da mamãe;
  • O cordão umbilical escorregar para dentro da vagina antes do nascimento;
  • Diminuição do fluxo de sangue e oxigênio para o bebê;
  • Baixa dilatação do colo do útero;
  • Entre outras.

Esses riscos podem aparecer tanto no parto vaginal, quanto na cesárea. Por esse motivo, é fundamental que o médico obstetra e ginecologista orientem as mamães sobre quais serão os procedimentos adotados em cada caso.

8. Parto seco ou Empelicado

O parto seco ou empelicado acontece quando a bolsa amniótica não se rompe durante nenhuma etapa do parto. Dessa maneira, o recém-nascido sai de dentro da mamãe dentro dessa bolsa. Essa é uma condição rara, que atinge, em estimativa, apenas 1 em cada 80 mil bebês, conforme mostra o Instituto Nascer.

Segundo a crença popular, quem nasce “empelicado” vai ter muita sorte na vida. Além disso, essa condição não oferece grandes riscos ao bebê e à mamãe. Contudo, é necessário que o médico retire o recém-nascido da bolsa para avaliar o seu estado de saúde.

Depois do nascimento, a saúde da mamãe é tão importante quanto a do bebê. Por esse motivo, é fundamental que ela se alimente bem e saiba como será a sua dieta pós-parto.

9. Parto distócico

O parto distócico é quando o bebê não passa pela bacia da mamãe devido a um bloqueio físico. Isso pode causar complicações de risco à vida da criança, por exemplo, não receber oxigênio suficiente. Assim como à saúde da mamãe, como uma infecção puerperal. O parto obstruído pode levar muitas horas e, em alguns casos, o trabalho dura mais de 12 horas.

Esses foram todos os tipos de partos vaginais! Além deles, existe a possibilidade de uma intervenção cirúrgica, que é a cesárea. Ela pode ser uma opção recomendada dependendo da preferência da mamãe, posição do bebê e até a prevenção de riscos à vida dos dois. Veja quais são elas!

10. Cesárea eletiva

A cesárea eletiva é quando a mamãe opta por essa cirurgia sem que haja a necessidade prévia. As implicações dessa modalidade são o tempo do pós-operatório e todos os riscos adicionados à qualquer intervenção cirúrgica, como: hemorragias, infecções etc.

Além disso, existem casos que a cesárea eletiva é mais recomendada, segundo o Hospital de Clínicas de Uberlândia. Por exemplo:

  • Comprometimento na oxigenação fetal;
  • Feto com peso estimado acima de 4,5 kg;
  • Gestação de gêmeos;
  • Gestante soropositiva para HIV;
  • E outras que variam entre cada caso.

Conhecer sobre as possibilidades do parto deve ser uma conversa aberta entre mamãe e médico. Afinal, isso implica diretamente na relação de confiança que se cria entre os dois, além de ajudar o planejamento durante a gravidez.

Inclusive, a falta desse pensamento ao longo da gestação pode contribuir para o surgimento da depressão pós-parto.

11. Cesárea humanizada

A humanização está presente tanto no parto vaginal quanto na cesárea. Em ambos os casos, a mulher e o bebê são os protagonistas da história. No caso da intervenção cirúrgica, algumas técnicas específicas são aplicadas. Por exemplo:

  • Luz mais baixa durante a operação;
  • Primeiro contato pele com pele da mamãe com o bebê;
  • Amamentação na primeira hora de vida;
  • Corte tardio do cordão umbilical;
  • E outras estratégias para deixar o momento mais calmo.

As técnicas humanizadas de conduzir e finalizar a gestação ajudam a lidar com todas as mudanças psíquicas e corporais da mamãe no pós-parto.

A escolha do tipo de parto deve partir da mamãe. Contudo, para que isso aconteça da melhor forma possível, deve-se criar uma relação de confiança com o médico responsável pelo acompanhamento pré-natal. Essas atitudes dizem respeito à humanização e a devolução dos direitos da mamãe decidir o que é melhor para os dois.

Agora que você já conhece todos os tipos de parto, pode decidir quais serão as próximas etapas na sua gestação e, até mesmo, começar a escolher os looks que serão usados por você e pelo bebê. Para saber mais, confira as nossas dicas de roupa mãe e filho!

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Carla Bucci

Autor: Carla Bucci

Graduada em Jornalismo pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), reside na cidade de Blumenau. É apaixonada por moda e pelo desenvolvimento de textos criativos. Para achar as melhores pautas do universo infantil, está sempre ligada nas redes sociais.

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