Início » Saúde » Teste do pezinho: tudo que você precisa saber

Teste do pezinho: tudo que você precisa saber

7 minutos de leitura

Todo pai e toda mãe, sejam experientes ou de primeira viagem, devem saber como é feito o teste do pezinho. Infelizmente, muitos ainda têm dúvidas sobre para que serve o teste, como ele é feito e quais doenças ele é capaz de detectar no recém-nascido.

Conhecido na área médica como triagem neonatal, o teste do pezinho é um importante exame diagnóstico realizado no bebê recém-nascido, considerado de realização obrigatória, mas muitos pais se perguntam sobre quando fazer o teste do pezinho. Esteja ciente que ele deve ser feito a partir do terceiro dia de nascimento do neném.

Que tal se preparar e garantir a saúde e o bem-estar do seu filho? Vem com a gente saber tudo sobre o tão falado teste do pezinho!

Para que serve o teste do pezinho?

O teste de pezinho é um exame diagnóstico realizado através da coleta de sangue no calcanhar do recém-nascido, com o objetivo de detectar e diagnosticar algumas doenças de origem genética ou metabólica que podem comprometer a saúde do neném e, com o passar dos anos, agravar a situação.

Caso alguma alteração da normalidade seja vista nos resultados, o tratamento pode ser iniciado bem cedo, o que possibilita evitar agravos ou complicações futuras. Do contrário, podem haver sequelas e outras consequências logo no primeiro ano de vida do neném.

Dessa forma, podemos garantir que a criança tenha uma vida saudável, de qualidade e com o devido bem-estar.

Por mais que, com o teste do pezinho, tenhamos o diagnóstico das mais variadas doenças que podem acometer o recém-nascido, as mais prevalentes são: o hipotireoidismo congênito, a anemia falciforme, fenilcetonúria e a fibrose cística.

Referência: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/

Como o teste é feito?

O exame é realizado a partir da coleta de pequenas gotas de sangue, bem no calcanhar do recém-nascido. Essas gotículas são pingadas em um filtro de papel específico e, logo em seguida, são levadas para laboratório para realizar uma análise detalhada e apurada em busca de possíveis doenças.

Só de pensar no processo sentimos aquele calafrio misturado com dózinho dos pequenos, né, mamãe? Entretanto, fique tranquila: a Secretaria da Saúde explica que, como o calcanhar é uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido através de uma única punção, rápida e quase indolor.

Com a função de identificar e realizar o diagnóstico das mais diferentes doenças que sejam de origem infecciosa, metabólica ou genética no recém-nascido, o teste do pezinho ainda gera dúvidas em muitos pais, em especial, aqueles de primeira viagem. E uma dessas principais dúvidas está justamente em como ele é feito.

Se você ainda tem dúvidas sobre o procedimento, mamãe, deixe aqui nos comentários que nos esforçaremos ao máximo para ajudá-la!

Quando fazer o teste do pezinho?

O teste do pezinho se tornou obrigatório em todo o nosso país, oferecido inclusive de forma totalmente gratuita pelo Sistema Único de Saúde. Esse exame pode ser realizado logo após o seu nascimento, seja na maternidade ou no hospital no qual o bebê nasceu.

É recomendado que o teste seja feito entre o terceiro ao quinto dia após o nascimento do bebê. Porém, ele pode ser realizado até o término do primeiro mês de vida do neném.

Caso o resultado do teste do pezinho seja positivo e tenha alguma doença detectada, a equipe médica entrará em contato com a família para que exames mais específicos sejam feitos para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento imediatamente.

Quando fazer o teste do pezinho?

Quais doenças podem ser detectadas no teste?

O teste do pezinho detecta, atualmente, 6 doenças principais. São elas:

  • Fenilcetonúria: caracterizado como o acúmulo da substância de fenilalanina na corrente sanguínea do recém-nascido, o que pode ser extremamente tóxico e comprometer o seu desenvolvimento mental;
  • Hipotireoidismo congênito: definido como a condição na qual o organismo do recém-nascido não consegue sintetizar os hormônios necessários da glândula, o que causa atraso no seu desenvolvimento;
  • Anemia falciforme: é uma alteração no formato das células vermelhas presentes em nossa corrente sanguínea, que promove deficiência no transporte de oxigênio para as partes do corpo;
  • Hiperplasia adrenal congênita: desequilíbrio hormonal leva o organismo do bebê a produzir determinados hormônios em excesso e deixa de produzir outros;
  • Fibrose cística: é definido como a produção em excesso do muco, o que pode comprometer todo o sistema respiratório ou, até mesmo, o pâncreas;
  • Biotinidase deficiente: problema no qual o organismo não é capaz de fazer a reciclagem da biotina, importante para o desenvolvimento e para a saúde do sistema nervoso.

O exame do pezinho convencional consegue identificar essas 6 doenças. Porém, existe a opção do teste ampliado, que abre bem mais o leque de possíveis diagnósticos.

Onde se pode fazer o teste do pezinho?

O teste do pezinho pode ser feito na própria maternidade ou no hospital onde o bebê nasceu, de três a cinco dias após o seu nascimento.

Caso não seja feito nessas unidades, o exame pode ser realizado no laboratório particular ou, então, na clínica da família ou posto de saúde mais próximo da residência, através do SUS.

Tem custo?

No geral, o teste do pezinho é feito gratuitamente tanto no local onde o bebê nasceu ou por meio do SUS. Porém, caso seja feito em laboratórios particulares, terá um custo para realizar o exame, que irá variar de uma empresa para outra.

Qual a diferença entre o teste do pezinho SUS e o particular?

Não há nenhuma diferença entre o teste do pezinho SUS e o particular! Ambos os exames são feitos e analisados da mesma forma. O que muda entre um e outro é o valor: enquanto no laboratório particular há um custo para fazer o teste do pezinho, no SUS é totalmente de graça.

A diferença popularmente acreditada é que somente o teste particular (pago) oferece diagnósticos ampliados, enquanto o do SUS analisa somente 6 doenças. Atualmente, porém, caso alguma anomalia seja apontada, o SUS deve garantir que o teste do pezinho ampliado seja realizado, como consta na Lei Nº 14.154, de 26 de maio de 2021.

O que é o teste do pezinho ampliado?

Com o objetivo de ampliar o leque de diagnósticos e abranger mais doenças, o teste do pezinho ampliado foi criado. Essa variante do exame tem como principal objetivo diagnosticar outras doenças, além das seis principais.

Geralmente, essas outras doenças não aparecem com tanta frequência na clínica. Porém, pode surgir caso a mãe tenha tido algum problema durante a gestação.

As doenças diagnosticadas pelo ampliado são: hiperfenilalaninemias, hemoglobinopatias, toxoplasmose congênita, galactosemia, aminoacidopatias, sífilis congênita, dentre outras.

Leia a notícia completa sobre isso, publicada em junho de 2021: Teste do Pezinho é ampliado e passa a detectar até 50 novas doenças pelo SUS

O que é o teste do pezinho ampliado?

E se eu não quiser que meu filho faça o teste?

Atualmente, a lei em vigor de n.º 8069 de 1990 obriga que o teste do pezinho seja feito em todos os recém-nascidos em todo o território nacional. Alguns municípios do Brasil, inclusive, não liberam o registro no cartório caso o teste não seja feito.

Caso o teste do pezinho não seja realizado, a criança poderá ter problemas de desenvolvimento e saúde, por conta das doenças que podem acometê-la e que têm excelentes potenciais de tratamento quando diagnosticadas.

O teste é uma etapa extremamente importante na vida de qualquer criança, especialmente para evitar inúmeras doenças e outras condições que podem nascer com o bebê. Não deixe de fazê-lo o quanto antes!

Para mais dicas e informações sobre a linda jornada da maternidade, confira outros posts do blog da Brandili! Algumas indicações:

Avalie este post
Compartilhe:
Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

Deixe um comentário