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Apraxia da fala tem cura? Veja 6 sinais e como ajudar

6 minutos de leitura

A apraxia da fala tem cura sim. É uma disfunção entre a mente e os músculos motores, portanto, o tratamento personalizado com fonoaudiólogo resolve a questão. Sabendo que tem como curar, nós ajudaremos a identificar os primeiros sinais, veja a seguir os pontos de atenção!

6 características da apraxia para ficar de olho

Os bebês dão sinais que possuem a apraxia e cabe aos adultos a sua volta identificarem quais são eles. Apenas dessa forma, é possível encaminhar ao fonoaudiólogo e realizar o tratamento adequado. Com isso em mente, nós listamos as principais características que uma criança com apraxia apresenta, confira na sequência:

1. Apresenta atraso na fala

Os bebês pronunciam as primeiras palavras, como “mamá” e “papá”, antes dos 12 meses. Esse é o início do vocabulário dos pequenos que, por volta dos 2 anos de idade, apresentam até 100 palavras.

Sabendo disso, preste atenção quando a criança fala as primeiras palavras e se o aumento do vocabulário está acontecendo realmente. Se até os 2 anos a criança fala pouquíssimas coisas, é sinal de alerta!

Para entender ainda mais sobre o assunto, leia sobre as fases do desenvolvimento da linguagem infantil e entenda se o pequeno está realmente atrasado ou não.

bebê menina sentada no tapete com roupa rosa

2. É difícil entender as palavras, é ininteligível

As crianças falam meio embolado no começo, isso é fato. Porém, é muito importante que elas aprimorem e falem declaradamente o que desejam até 2 anos, mais ou menos.

Por exemplo, começam a falar “mamá” e depois de um aninho já conseguem pronunciar o “mãe” ou “mamãe” com clareza, isso é um desenvolvimento normal.

No entanto, se a criança já está na fase dos 2 anos e até para os pais é difícil decifrar o que eles estão falando, então é hora de conversar com um fonoaudiólogo.

3. Há muitas trocas de termos

Sabe quando você pensa algo e fala outro sem relação alguma? Uma criança com apraxia tem isso com frequência, afinal de contas, os músculos motores e o raciocínio da linguagem não trabalham em sintonia.

Essa dessincronização provoca muitas trocas de palavras, mesmo com objetos que eles costumam falar, como apontar para um brinquedo e chamar de mamá. Portanto, fique atenta se é apenas uma confusão momentânea ou se acontece em diversos momentos do dia.

4. Falam muito lento

Falar devagar é uma estratégia que o corpo usa para ganhar tempo, assim, é possível raciocinar as palavras e pronunciá-las, porém, observe se mesmo com tudo isso a criança pronuncia de forma muito estranha.

Afinal de contas, é um esforço muito grande para crianças com apraxia o processo de mentalizar o que quer dizer e mexer os músculos vocais, por isso colocam muitas pausas entre as palavras ou arrastam um som por algum tempo.

Essa é uma coordenação motora complexa para os pequenos.

5. Presença de outras dificuldades motoras

Além da dificuldade em falar, a apraxia também provoca outros atrasos mecânicos como mastigação e deglutição (engolir), mesmo com a introdução alimentar correta.

Isso acontece porque os músculos da faringe, palato, língua, face e boca não conseguem planejar e executar o movimento completo. Por isso, fique atenta se o bebê possui dificuldades além dos dois citados, como tomar uma bebida no canudinho.

6. São quietos demais

Existem muitos motivos que fazem o bebê ser quieto e um desses motivos é a dificuldade em se comunicar. Como dito anteriormente, é um esforço muito grande falar, portanto, o corpo raciocina como uma atividade exaustiva e evita fazê-la.

Sabendo que esse é um sinal de apraxia, fique de olho para ver se o pequeno fala enquanto brinca, conversa com os amiguinhos ou amigo imaginário, reage com vozes aos estímulos externos (dá risadas altas ao assistir um desenho, por exemplo).

Se sua criança apresenta uma, duas ou mais características que citamos, vale a pena levá-lo ao fonoaudiólogo para realizar um diagnóstico aprofundado. E como estamos falando de resolver a questão, veja no próximo tópico alguns pontos importantes sobre o tratamento.

5 pontos importantes sobre o tratamento da apraxia

Como dito previamente, a criança com essas dificuldades de comunicação podem falar corretamente caso recebam estímulo e incentivo no momento certo. Porém, o sucesso do tratamento envolve outras condições, veja na sequência.

1. O tempo de evolução depende do tipo de apraxia

Cada criança responde ao tratamento de uma maneira, por isso, não é possível estipular um tempo específico que funcione para todos. Inclusive, o tipo de apraxia influencia, já que pode ser bucofacial ou orofacial, membro-cinética, ideacional, ideomotora e apraxia da fala. Sendo este último o que apresenta resultados positivos mais rápido.

2. É preciso ter paciência com crianças com mais condições

Outro ponto importante é a presença de outro quadro em associação com a apraxia, como síndromes, autismo e outras condições neurológicas. Essa combinação de fatores colabora para um tratamento mais longo e delicado. Por isso, o diagnóstico antecipado e tratamento sem pressa são essenciais.

3. O estímulo dos pais contribui para a evolução

O incentivo dos pais é um fator muito importante na evolução, caso contrário, eles recebem todos os exercícios na terapia com o fonoaudiólogo e, ao chegar em casa, esquecem a maior parte do que aprenderam.

Por isso, pergunte como foi, o que aprendeu e peça para que demonstre e converse com o pequeno ao longo do dia para estimular a comunicação.

dois bebês sentados no chão com roupas rosa e azul

4. Nomeie corretamente os objetos que a criança gosta

Referir-se a objetos usando palavras fofinhas ou distorcidas é um atraso para o tratamento, já que a criança está em fase de associar a imagem com o pronunciamento da palavra.

Sabendo disso, evite chamar, por exemplo, chupeta de “pepeta”, utilize a forma correta das palavras e deixe os apelidos de lado.

5. Faça uso das pistas visuais

Em nosso cérebro há os neurônios-espelhos que são responsáveis por identificar algo externo e replicar internamente, sendo ótimos aliados no tratamento da apraxia. Isso faz com que o olhar seja direcionado para os movimentos da boca e, com a ajuda dos neurônios, a criança consegue planejar e replicar a execução.

Por isso, faça pistas visuais da seguinte maneira: deixe sua boca onde a criança possa ver e repita declaradamente as palavras.

Esperamos que as informações tenham esclarecido as suas dúvidas e te ajude a entender ainda mais sobre os pequenos. Aliás, continue aprendendo sobre esse universo incrível com a gente, entenda o que acontece no salto de desenvolvimento dos bebês.

Nos vemos lá, até depois!

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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