O amigo imaginário, quando surge, acaba pegando toda a família de surpresa, não é mesmo? Alguns pais sentem medo e certo receio, achando que isso significa que há algo de errado com a criança. Entretanto, na realidade, o assunto não é tão complicado assim.
Na maioria das vezes, o amigo imaginário de uma criança não oferece perigos nem preocupações para a família. Apenas é preciso acompanhar essa relação de perto para perceber os sinais que demonstram pontos de atenção, se observado algum ponto de atenção, aí sim precisam de um acompanhamento com psicólogo.
Nesse artigo, o time da Brandili te ajuda a entender mais sobre o assunto. Continue com a gente e entenda porque as crianças têm amigos imaginários, como nós adultos devemos lidar com isso e quais são os pontos de atenção que devemos observar. Olha só:
Conteúdo
É normal ter um amigo imaginário?
Sim, o surgimento de um amigo imaginário é considerado comum entre crianças a partir dos 4 anos de idade. As meninas são mais propensas a essa brincadeira, mas os meninos também não ficam muito atrás.
Normalmente, o amigo imaginário é uma criatura que só existe na cabeça do pequeno, seja uma outra criança, um animal, um super-herói ou um ser místico, como uma fada. Mas há, também, casos em que o amigo imaginário se apresenta como um brinquedo – um urso de pelúcia, por exemplo.
Não precisa se preocupar achando que a criança está vendo uma presença que nenhum outro membro da família vê. Esse amigo imaginário vive apenas na imaginação do pequeno e mesmo que ele possa descrever sua companhia com uma riqueza de detalhes, também tem completa ciência de que o amigo não existe no mundo real.
Por que o amigo imaginário aparece?
O surgimento de um amigo imaginário está ligado ao desenvolvimento da linguagem, pois ele ocorre após o momento em que a criança aprende a formular frases completas e a contar histórias. Para entender mais sobre isso, você pode fazer a leitura de nosso artigo sobre as fases do desenvolvimento da linguagem infantil.
Ligado a isso, temos também o desenvolvimento cognitivo da criança, que nessa faixa etária – por volta dos 5 anos de idade – está muito ligada à imaginação, que costuma tomar grandes formas e se misturar com o mundo real, para auxiliar o pequeno nas tarefas que realiza em sua rotina.
Existe, também, o surgimento do amigo imaginário para auxiliar a criança em um momento de transição. Muita gente não sabe, mas nossas crianças são completamente apegadas à rotina. Quando algo muda, isso afeta negativamente a criança, aumentando seus níveis de estresse.
Portanto, a mudança de escola, o nascimento de um irmãozinho, o divórcio dos pais ou o falecimento de um familiar querido são alguns eventos que podem despertar o surgimento do amigo imaginário.
Nessas situações, o amigo imaginário está ali para ajudar a criança a encontrar conforto e normalidade nessa sua nova rotina. Outras vezes, atua como uma “voz da consciência”, que estará sempre por perto para ensinar lições ao pequeno e reforçar aquilo que ele vem aprendendo com os pais e na escola. Algo completamente positivo!
3 dicas para os pais lidarem com o amigo imaginário dos filhos
Diante desse novo morador da casa, muitos pais costumam ficar perdidos e sem saber como lidar com a situação sem magoar os filhos, não é verdade? Se esse é o seu caso, não se preocupe! Abaixo, listamos algumas dicas que podem ajudar:
1. Não repreenda a criança por ter um amigo imaginário
Repreender e dar bronca não resolve nada nessa situação! É preciso ser paciente e empático, procurando entender o que a criança está passando no momento que a fez criar esse amigo imaginário.
2. Não se aproprie do amigo imaginário
Alguns pais podem querer aproveitar o amigo imaginário nos momentos da rotina com a criança, como dizer “come tudo senão ele vai ficar bravo!” ou “seu amigo imaginário não vai querer brincar com você se não tomar banho”, mas isso é um erro.
A criança precisa ter ciência de que o amigo imaginário vive somente na cabeça dela e que, por isso, ela tem todo o controle sobre ele. Se nos apropriarmos da brincadeira, poderemos estressar o pequeno.
3. Acompanhe de perto essa relação da criança
Como podemos ver, no geral o amigo imaginário não apresenta prejuízos no desenvolvimento da criança. No entanto, existem casos em que essa brincadeira pode sim se tornar negativa e, por isso, os pais devem estar atentos a alguns sinais, como quando:
A criança se afasta de amigos “reais”: o amigo imaginário está ali para auxiliar a criança em sua rotina, mas isso não pode atrapalhá-la em suas interações com outras pessoas.
Caso perceba que seu filho está se isolando para brincar mais com o amigo imaginário, convide-o para fazer outras coisas, como sair para brincar no parquinho ou convidar primos e amiguinhos para uma noite do pijama.
Inclusive, temos um post que pode te ajudar. Confira: Brincadeiras para festa do pijama: diversão e animação para a criançada.
O amigo imaginário se torna alguém que leva a culpa pelos erros da criança: vasos quebrados, paredes riscadas, sujeiras pela casa e quando questionada, a criança diz que não teve culpa alguma – quem fez foi seu amigo imaginário.
Esse é um sinal de alerta, que mostra que a criança não sabe lidar ou tem medo de lidar com a culpa por suas ações, algo que é negativo para seu crescimento. Nesses casos, vale a pena apostar no diálogo.
O amigo imaginário é uma pessoa adulta, ao invés de uma criança ou ser místico: via de regra, o amigo imaginário é outra criança, que participa das brincadeiras do seu filho. Ele pode ser também um cachorro, um urso, uma fada e outros seres… Com isso em mente, esteja atento se o amigo imaginário da criança for a figura de um adulto.
Isso pode denunciar que a criança sente falta de uma figura amorosa – como o pai, a mãe ou os avós –, ou que foi vítima de abusos. Assim, a ajuda de um psicólogo se torna essencial!
Com que idade o amigo imaginário vai embora?
O “desaparecimento” do amigo imaginário ocorre de forma natural, quando a criança encontra outras formas de lidar com a realidade e não precisa mais usar a imaginação para enfrentar a rotina.
Cada criança tem seu tempo, mas normalmente a idade dos 7 anos é o marco para muitas delas. Se após essa idade o pequeno ainda for muito apegado ao amiguinho imaginário, considere buscar um psicólogo para entender o porquê dessa relação perdurar.
Com as dicas desse post da Brandili, lidar com isso ficou muito mais fácil, não é mesmo? Esperamos que sim! Se ainda tiver alguma dúvida ou se quiser somar ao nosso post contando um pouquinho da sua experiência, vamos adorar receber a sua contribuição. O nosso campo de comentários, que fica aqui abaixo, está aberto para isso!
Se gostou desse artigo, temos certeza que vai gostar de outros conteúdos disponíveis por aqui! Nossa sugestão é conferir o texto: Leitura Infantil: veja como incentivar os pequenos a criar o hábito!.
Com as dicas encontradas por lá, você poderá conhecer outras formas de exercitar a imaginação dos pequenos e ensinar lições valiosas.
Confira!