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O bebê sente quando a mãe volta a trabalhar? 5 dicas para evitar

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Logo após o nascimento, os primeiros meses de vida de um neném são de muito apego com as mamães, por conta da amamentação e também de toda a rotina. Mas quando o fim da licença maternidade se aproxima, é comum que ocorram dúvidas, principalmente em relação se o bebê sente quando a mãe volta a trabalhar.

A resposta é sim! Mas calma, não precisa ter medo ou inseguranças. Assim como toda e qualquer mudança ou período de transição, será necessário uma adaptação entre mãe e filho. Alguns pediatras costumam chamar essa fase de angústia da separação.

Para que esse momento não seja tão difícil para você e seu filhote, preparamos algumas dicas que vão ajudar vocês a tirar tudo isso de letra e passar por essa fase com muito mais leveza e menos angústia.

Entenda a licença maternidade

Antes de começarmos as dicas, é muito importante falar um pouco da licença maternidade, para que você possa saber um pouco mais sobre o benefício e seus direitos, garantidos por Lei, como mãe e trabalhadora.

A licença maternidade é garantida por lei e é um período que as mães têm para se recuperar do parto e também dedicar-se integralmente aos primeiros cuidados com o recém nascido ou recém adotado.

A licença começou a vigorar em nosso país em 1943, quando as Leis Trabalhistas passaram por mudanças e começaram a ser consolidadas. Nessa época a nova mamãe só tinha direito a 84 dias de afastamento e o pagamento do benefício era de responsabilidade da empresa ou empregador.

Após algumas mudanças e promulgação da Constituição Federal, desde 1988 a lei passou a garantir um período de 120 dias, 4 meses de afastamento. Esse benefício é concedido tanto para as mães que estão próximas ou que acabaram de dar a luz, quanto para as que realizaram a adoção de crianças com 12 anos ou menos. 

Quem garante o pagamento do salário maternidade é o INSS , mas para isso, é necessário ter vínculo trabalhista, ser trabalhadora com carteira assinada (CLT), ter trabalhado com carteira assinada alguma vez ou ser MEI (Microempreendedora Individual).

O valor do benefício é o mesmo do salário que a mãe recebe normalmente. Em casos de remuneração variável, o valor pago será calculado com base no que foi recebido nos últimos 6 meses antes da licença. Para as mulheres que são MEI ou trabalhadoras informais, o pagamento terá base nas contribuições dos últimos 12 meses, dividido por 12.

A licença pode começar a partir do 28º dia que antecede o parto ou na data do nascimento do neném. A duração mínima da licença é de 120 dias, mas as empresas que fazem parte do programa Empresa Cidadã podem estender por até 180 dias, 6 meses. 

Esse período maior é o recomendado pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e garante benefícios fiscais para as empresas privadas. Caso a mãe tenha direito a férias e o RH e o gestor imediato da empresa aprovem, também é possível juntar a licença maternidade com as férias.

A lei também garante que mulheres grávidas não podem ser demitidas, tendo uma estabilidade empregatícia de até 5 meses após a chegada do neném. A empresa que fizer demissão sem justa causa é notificada e obrigada a contratar imediatamente a funcionária ou terá que pagar indenização, além do salário maternidade.

Sabendo um pouco mais sobre os seus direitos e o que a lei garante, fica mais fácil se organizar no período de licença e já ir se preparando previamente para quando a volta ao trabalho acontecer.

Angústia da separação 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, por volta dos 6 meses de vida, todos os bebês começam a apresentar alguns sinais que indicam a angústia da separação. Na grande maioria das vezes essa fase pode acabar coincidindo com o fim da licença maternidade e necessidade da mãe de retornar ao trabalho.

Mesmo sem falar, os nenéns apresentam sinais, ficando um pouco mais irritados ou agitados. Se quiser saber um pouco mais sobre os sinais dos bebês temos um post sobre isso aqui no blog! 

Esse é aquele momento em que os bebês começam a ter percepção de que eles, e principalmente as mães, não são uma só pessoa e são indivíduos independentes. É nesse período que os nenéns passam a ter uma maior autonomia e já conseguem sentar, rolar e até mesmo começar a engatinhar.

Mesmo que seja uma fase comum entre os nenéns, pode acontecer deles sentirem de maneira antecipada, por conta da ansiedade das próprias mamães. Por prever que retornarão ao trabalho e terão que ficar longe dos filhos por um determinado período, as mães acabam sofrendo por antecipação.

Dicas para amenizar os impactos da transição

Para que a transição ocorra da melhor maneira possível para o bebê e para você mamãe. Preparamos algumas dicas valiosas e que vão ajudar vocês a passar por esse momento com muito mais tranquilidade.

Período de adaptação

Para que a mudança não ocorra bruscamente, e de uma hora para a outra você precise se ausentar, é possível passar por períodos de adaptação. Um mês ou nas semanas que antecedem o seu retorno às atividades do trabalho você pode começar a experimentar se distanciar por períodos curtos.

Uma ida à farmácia ou ao supermercado já pode ser um teste para deixar o bebê em casa aos cuidados do papai, dos avós ou de uma babá. Assim o bebê já consegue ir se adaptando aos poucos a sua nova rotina e quando você realmente voltar ao trabalho ele não sentirá tanto.

Não se culpe

O sentimento de culpa é comum, principalmente nas mamães de primeira viagem. Por mais difícil que seja, não precisa se sentir culpada por ter que deixar o neném em casa para voltar a trabalhar.

No primeiro mês também é normal que o emocional esteja um pouco mais abalado, por conta da fase de transição e a readaptação no ambiente de trabalho e também em casa. Mas tente ficar tranquila.

Não passe insegurança para o neném

Por menores que sejam, os nenéns sentem as inseguranças e angústias das mães. Então para que a separação seja mais tranquila, não mostre para a criança que você está com medo, justamente para que ela também não fique insegura.

Sempre quando for sair, explique para o bebê que você está indo, mas que volta logo e que tudo ficará bem. Não deixe de dizer ao seu filho o quanto você o ama. Após se despedir, a sua saída deve ser firme.

Nunca saia escondida ou sem despedir. Para evitar que o neném chore, algumas mamães acabam caindo nesse erro, mas ao invés de ajudar, aí sim que a criança pode tender a se sentir abandonada e a adaptação será muito mais complicada.

Alimentação

Até os 6 meses de idade o bebê deve se alimentar apenas com leite materno, mas após esse período a introdução alimentar já pode ser iniciada e ele passa a experimentar papinhas, frutas e outras comidas indicadas pelo pediatra.

Em casos que o neném ainda se alimenta exclusivamente com leite materno, a mãe deve sempre fazer a retirada com a bombinha e deixar as mamadeiras congeladas. Se a introdução alimentar já tiver sido iniciada, é indispensável pensar em um cardápio para que isso não seja uma preocupação durante o expediente.

Inclusive, temos um post aqui no blog com 10 dicas que poderão te ajudar bastante durante a fase de introdução alimentar.

Planeje quem ficará com o bebê na sua ausência

Antes de retornar a rotina, já é bom ir se programando em relação a quem ficará com o neném. Essa escolha é muito pessoal e pode variar bastante de família para família. Então para que você não fique preocupada e nem nervosa, é indispensável já ter isso planejado.

Algumas mães podem contar com o apoio dos pais e também do companheiro para dividir os cuidados com a criança durante o tempo fora de casa. Mas para quem não tem essa opção, a creche ou uma babá podem ser uma possibilidade.

Tanto a babá quanto a creche devem ser escolhidas com antecedência. Então busque por referências de amigos e familiares e pesquise bastante.

Gostou das dicas? Com elas, com certeza esse período de transição será muito mais fácil e tranquilo para você e seu bebê.

Aproveite também para ler o nosso conteúdo com um passo a passo para não errar na hora de lavar as roupinhas dos bebês.

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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