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Maternidade real: desconstruindo mitos!

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As expectativas e os julgamentos alheios sobre a maternidade são pontos, praticamente, inevitáveis. Durante a gravidez, estranhos questionam a sua dieta; no hospital, é desestimulador receber uma enxurrada de críticas sobre a sua escolha de parto, não importa qual ela tenha sido; depois, basta o bebê chorar no mercado que surgem olhares de canto capazes de perfurar a alma. 

Resumindo: não há escapatória. Quando você é mãe, assina, involuntariamente, um contrato que exige uma conduta perfeita sua e do seu filho o tempo todo. 

As redes sociais, como o Instagram, só aumentam essa expectativa irreal: as mães que vemos no celular cuidam, banham, alimentam e levam o filho para passear, enquanto trabalham e mantém a casa brilhando. Ah, e fazem tudo isso usando um salto agulha e um vestido de grife, claro.

bebê deitado

Hoje, o blog Brandili veio desconstruir alguns dos conceitos mais prejudiciais que essa figura carrega, na esperança de tirar um pouco da pressão sufocante que as mamães recebem. Vem com a gente refletir sobre 5 mitos preocupantes e definir o que é a maternidade real:

1. “As mães são perfeitas”

Esse é a crença que resulta em todas as outras expectativas injustas das pessoas. Acreditar que as mães são perfeitas é distanciá-las da figura de uma pessoa real, que é passível de tentativas e erros. Assim, quando qualquer atitude fora do padrão do Instagram ou da TV é tomada, as mulheres sofrem críticas terríveis e o pior – o auto julgamento.

Ver outras pessoas – aparentemente – se saindo melhor na maternidade é desesperador, porque sempre ouvimos que as mães devem ser perfeitas. Por isso, é preciso lembrar que as redes sociais distorcem a realidade e escondem todas as partes não fotografáveis.

No dia-a-dia, todas as mães têm que lidar com o choro, a birra, a troca de fraldas, as noites em claro e muitas outras atividades nada glamorosas. A maternidade não é perfeita e nem deveria ser! Precisamos viver para aprender, mas crescer com o seu filhote é a parte mais enriquecedora de ser mãe!

bebê dormindo

2. “A vida da mãe se torna o bebê”

Essa frase é muito nociva para as mães e até para quem ainda está planejando engravidar! A crença de que a vida da mulher acaba quando ela tem um filho faz com que sentimentos ruins de insegurança, medo, receio e arrependimento nasçam em nós. Mas fique tranquila, porque nós garantimos que você não precisa deixar de viver para cuidar do seu filho!

Na verdade, essa crença tem origem no tempo dos nossos pais e avós, em que o único papel atribuído para a mulher era o de cuidar da casa e das crianças. Felizmente, essa realidade já têm mudado. Ainda precisamos alcançar inúmeras conquistas, mas hoje já sabemos que a vida da mulher pode  e deve  continuar após a maternidade.

3. “O amor incondicional é imediato”

Esperar que as mães sintam um amor incondicional pelos seus bebês de imediato é mais um resultado da romantização da maternidade. Após o parto, a mulher está num estado vulnerável, caótico, dolorido e afetado pela ação de diversos hormônios. Se você foi uma mamãe que não conseguiu sentir a tão falada conexão mágica com o seu recém-nascido, não se culpe! 

Afinal, somos mulheres antes de sermos mães. As suas possíveis reações são humanas e aceitáveis, mesmo que os filmes de Hollywood te falem que faíscas de amor devem sair quando você segurar o bebê pela primeira vez. É comum que algumas mães só consigam desenvolver uma conexão depois do seu período de recuperação, ou então no decorrer dos cuidados diários.

Isso não quer dizer que elas amam menos – é apenas uma versão que diferente das expectativas injustas de “amor incondicional” que nos são transpassadas! 

4. “A amamentação é mágica e natural” 

É claro que a amamentação é um dos momentos mais importantes para o bom desenvolvimento das crianças, mas o problema nasce quando esperam que a mãe realize isso de forma ‘natural’ e sem dificuldades. A parte biológica é a produção de leite, mas o amamentar em si é bem complicadinho

Os bebês precisam aprender a pegar o peito e fazer a sucção de forma apropriada, e até lá você vai sentir muitas mordidas doloridas. Esse quarto mito torna tal processo ainda mais estressante, já que faz parecer que é fácil, automático e que as suas reclamações são dramáticas.

Mas só você conhece o seu corpo e seu bebê! Amamente no seu tempo e da maneira que for mais confortável para ambos.

mãe amamentando bebê

5. “Mas o pai ajuda”

Essa frase acaba com o dia de qualquer mãe, né? Falar que os pais ‘ajudam’ é louvá-los pelo básico, que é cuidar do bebê tanto quanto as mães cuidam. O trabalho deve ser compartilhado de maneira igualitária, principalmente porque a maioria das mães também tem uma vida profissional que exige bastante.

Infelizmente, existem dois pesos quando se trata das ações das mães versus a dos pais: se o pai troca as fraldas uma vez, é um herói; se a mãe sai numa sexta à noite com suas amigas, é negligente. Não sinta que está sendo exigente quando pede para compartilhar as tarefas de casa! Os pais não ‘ajudam’, pois cuidar da criança é sua obrigação.

trocando fralda do bebê

Desconstruir esses mitos e conceitos sociais na prática é difícil, mas nós, da Brandili, esperamos ter te ajudado a encarar a maternidade de uma forma mais realista, sem a pressão de expectativas inalcançáveis. Seja a mãe incrível que sabemos que você é com mais tranquilidade! 

E que tal encaixar alguns exercícios de relaxamento na sua rotina cansativa? Leia o nosso post com as dicas perfeitas para praticar o autocuidado durante a semana!

Fonte de imagens: Pexels

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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