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Mãe não pode ficar doente? Um papo sobre autocuidado

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O passo a passo para ter uma vida razoavelmente saudável é de conhecimento comum: seguir uma rotina alimentar com muitas frutas e verduras, ter o hábito de beber água constantemente, fazer exercícios físicos, realizar exames médicos periódicos e, não mesmo importante, ter uma ótima noite de sono!

Mas saber toda essa cartilha é bem diferente de aplicá-la na vida real, não é mesmo? Principalmente quando falamos da vida materna!

No guia da maternidade perfeita, a mãe não pode ficar doente e nem demonstrar sinais de fraqueza. Se pararmos para refletir, é bem injusto com as mulheres mães que antes de tudo são humanas e tem suas próprias dores, alegrias e vontades.

A nossa conversa de hoje é para você, mamãe, que se sente pressionada a manter tudo em ordem mesmo quando o seu corpo pede repouso e descanso mental para superar alguma enfermidade!

Imaginar todo o transtorno que o seu momento de fragilidade pode causar na rotina familiar pode até te dar calafrios, por isso, estamos aqui para te lembrar que há solução e se chama autocuidado! Vamos conversar sobre?

Desmistificando a maternidade perfeita

As mães aprendem como ninguém a seguir as orientações médicas quando seus filhos adoecem. Ficam atentas aos horários dos remédios, das refeições, monitora o repouso… enfim, tornam-se verdadeiras enfermeiras particulares. Mas e quando a mãe adoece? Parece que a recomendação de repouso absoluto não serve para elas.

A princípio, é comum falar que mães têm dificuldades para descansar porque preferem estar sempre ativas e no comando da situação. No entanto, será que esse é o verdadeiro motivo? Ou as mães estão apenas lutando constantemente para atender as altas expectativas que a sociedade tem da maternidade?

Ser mãe não é um dom sobrenatural, mas um processo de aprendizagem diário para equilibrar seus próprios sentimentos e necessidades com o dever de educar outro ser humano. Por isso, o direito de adoecer e ter um tempo para se recuperar não pode ser negado às mães, deve ser algo natural e respeitado por todos ao seu redor.

Ainda que uma dificuldade para muitas mães, é importante olhar para o momento de adoecimento como uma oportunidade para por à prova os valores ensinados aos filhos e questionar se a rotina familiar é saudável para todos os membros.

Em resumo, queremos dizer que: sejam mães solo ou com parceiros, a maternidade também deve permitir momentos de autocuidado e preservação. É importante que as mamães reconheçam sua própria fragilidade como algo natural, não como um motivo para se envergonhar ou se cobrar mais.

Como lidar com seu momento de fragilidade?

Se não bastasse o sentimento de culpa que muitas vezes recai sobre o coração aflito de uma mãe ao adoecer, o desespero por manter a ordem na casa pode ser algo desafiador para lidar sozinha! Nesse momento, lembre-se: tudo se trata da criação de um hábito!

Não é do dia para a noite que seus filhos aprenderam a falar, certo? Então não será do dia para a noite que você saberá lidar com tudo ao mesmo tempo.

Uma vez que você esteja impossibilitada de realizar as tarefas do dia a dia devido ao estado enfermo, é normal que ocorram atrasos na agenda das crianças, a casa não permanece organizada e a tarefa de se dedicar ao máximo no trabalho se torna um problema.

Ter calma, respirar fundo e desacelerar a rotina é essencial para lidar com esse momento de frustração.

Aceite que seu corpo precisa de um tempo próprio para se recuperar e respeite isso! Infelizmente, o mundo não vai parar enquanto você repousa… as crianças vão continuar chamando o seu nome o tempo todo, as refeições ainda precisarão ser planejadas e feitas, além dos compromissos que não poderão ser adiados. Contudo, o controle da casa pode ser dividido com outras pessoas, saber delegar tarefas é vital!

É nesse cenário que a comunicação afetiva é o melhor caminho a seguir! Reúna as crianças, seu parceiro e/ou familiares próximos para ter uma conversa com amor, mas franca e objetiva, para explicar a sua situação.

Deixe claro que você não se sente bem naquele momento e, da mesma forma como eles precisam de cuidados quando estão doentes, você também precisa que todos colaborem para superar isso juntos!

As tarefas da casa é responsabilidade de todos e aqui está a chance para colocar isso na prática, caso ainda não faça parte da rotina da família! Repasse a função de retirar o lixo, lavar a louça e guardar os brinquedos aos seus filhos, por exemplo. No caso em que as crianças são novas demais, você precisará contar com a presença de outro adulto.

A paternidade ativa vem contra o estigma da mãe como única responsável pelas crianças e possibilita que a mulher também perceba que merece ser cuidada!

Portanto, combine com o pai das crianças sobre as adaptações necessárias para que os pequenos não sejam afetados pelo seu afastamento temporário. Os familiares e amigos mais próximos a você também são uma opção para comandar o funcionamento da casa durante esse período turbulento.

Deixe os seus remédios próximos a sua cama para não esquecer de tomá-los. Do mesmo modo que você sabe de cabeça o horário das refeições e dos remédios dos seus filhos, não deixe de aplicar essa regra para você mesma! Prezar por uma boa alimentação te ajudará a se recuperar mais rápido e servirá como exemplo aos pequenos, ensinando-os a importância de comer bem!

Após superar o mal-estar, não se esqueça que o seu corpo precisa de cuidado constante! A sua saúde física e mental refletirá em todos os aspectos da vida do seus filhos. As crianças aprendem seguindo modelos, logo, a forma como você respeita os limites do seu próprio corpo também é uma forma de ensiná-los a cuidarem de si e a se tornarem autossuficientes.

Lidar com uma doença não é fácil, não importa a gravidade da situação. Porém, toda mãe é capaz de superar esses momentos e ainda reforçar valores importantes como amor e paciência aos seus filhotes sem deixar de cuidar de si mesma! Curtiu o nosso conteúdo? Compartilhe sua opinião sobre o tema conosco pelos comentários!

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Jefferson Back

Autor: Jefferson Back

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisociesc Blumenau, atua no universo digital há quase dez anos. Pós-graduando em Neuromarketing e Brandsense pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é fascinado pelo mundo da comunicação e comportamento humano.

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